quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

4º Capítulo - "O Nosso Destino Estava Traçado!" - Segunda Temporada


4º Capítulo – Narrado por Lua Blanco
            A Emme não quis almoçar e quando eu terminei tudo com o Arthur, ele saiu para resolver alguns problemas e eu fui levar o almoço de Emme em seu quarto... Ela não havia comido nada desde que chegou.
            Quando rodei a maçaneta da porta do quarto, encontrei Emme abraçada com seu ursinho “barra” amigo de infância. Ela estava com o MP4 ligado no último volume e percebi que tocava “Olha o que o amor me faz” – Coloquem baixinho a música que se encontra no PlayList – e chorava sem parar. Me assustei ao ver aquela cena... Era muito raro, quase impossível vê-la chorar daquele jeito.

            Me aproximei devagar sem que ela percebesse, coloquei devagar a bandeja com o almoço na sua escrivaninha e ela percebeu que eu estava lá.
– Mamãe?! – Me olhou enxugando os olhos inchados de tanto chorar.
– Oi Emme! Porque você tá chorando desse jeito?
– É uma história muito longa. Cadê o papai?
– Saiu. Porque?
– Nada, assim é melhor.
– O que aconteceu?! Você tá me deixando preocupada.
– Não precisa.
– Então me explica. – Falei, sentando ao seu lado.
            Ela respirou fundo, enxugou o rosto, pôs pausa na música do mp4 – Podem desligar a PlayList –, deitou a cabeça sobre meu colo e começou.
– Sabe a festa do pijama, na casa da Patty?
– Hum hum. – Concordei, acariciando seu cabelo.
– Sabe o irmão da Patty?
– Sei sim... O bruno, certo?!
– É, ele mesmo.
– E o que é que ele tem?
– É que... – Começou a contar.

Início do Flash Back de Emme
            Depois de rir bastante com a Patty, fomos dormir e eu me acordei no meio da noite, fui ate a cozinha pra pegar um copo d’água e dei de cara com Bruno.
– Que susto, garoto! – Falei enquanto ele ria.
– Desculpa! – Ele deu uma gargalhada.
– Cala a boca, vai acordar todo mundo. – Falei dando um tapa de leve em seu ombro.
– Sabia que você fica linda quando tá brava desse jeito?! – Falou, alisando meu rosto.
– Para! –  Dei um tapa na mão que ele acariciava meu rosto. – Tá tarde e eu preciso voltar pro quarto.
– Não precisa ficar assim... – Ele falou e fiz uma pausa olhando em meus olhos. – Você não tem medo de sair do quarto durante a noite?
– Não, porque teria? Bicho papão não existe, sabia?! – Falei com ironia.
– Não, eu sei que Bicho Papão não existe... Tô falando de outra coisa.
–  Diz logo o que é que eu tô com sono.
Se eu fosse você...
– Mas não é! –  Interrompi.
– Eu teria medo de sair a noite, pelo simples fato de que... – Ele se aproximou de mim. – A lua pode se sentir ofendida ao ver que você roubou o brilho dela e colocou em seus olhos... Amo esse olhos castanhos! – Falou se aproximando cada vez mais de mim e eu não consegui parar de olhar em seus olhos, foi um ipo de feitiço... Nossas respirações ficaram mais próximas, se transformaram em uma só, eu conseguia ouvir seu coração bater e ele passou a amão pela minha cintura, me apertando contra seu corpo. O mundo parecia girar devagar... Sua boca se encostou na minha... Nos beijamos... Foi tão lindo, tão mágico! Quando o beijo terminou, eu estava meio atordoada... Ele me deu um beijo na bochecha.
– Agora sim, você pode dormir coisa linda! – Sussurrou em meu ouvido e eu sorri. – Boa Noite! – Falou.
– Boa Noite! – Falei, pegando o copo d’água que estava no balcão da cozinha. Sai, ainda atordoada, mas também estava feliz. *--*
Fim do Flash Back de Emme

– Ah, que lindo! Mas porque você tá chorando? Porque beijou o Bruno?! – Não entendi. – Se foi tão bom, tão mágico, desse jeito, não tem motivo pra isso.
– Tem motivo, sim! – Ela  levantou a cabeça. – O Bruno é mó galinha, mãe! Eu sou muito a fim dele, mas ele fica com todo mundo e hoje de manhã, quando a gente acordou, ele nem falou comigo. Ele sempre falava... Nem pra dar ‘Bom Dia!’. Foi como se, simplesmente, não tivesse acontecido nada. Só que eu gosto dele e ele disse que gostava de mim, mas se é assim que ele mostra todo esse sentimento, ele tá errado.
– Relaxa, filha! –Falei, depois de ouví-la sem dizer nada. – Eu sei como é isso, no começo, na minha adolescência, quando eu conheci o Pedro, eu também gostava dele e não tinha certeza do que ele sentia por mim, até que fomos nos conhecendo, demos tempo ao tempo e um ano depois, ele já queri ame pedir em noivado, mas eu disse que ainda era cedo.
– Mãe! – Emme já estava mais calma, sua respiração não estava mais ofegante, por causa do choro. – Se você diz que pode ser assim, então eu acredito. – Emme me abraçou forte.
Não precisa se preocupar... Se ele gosta de você, ele vai ceder.
– Tomara!
– Own... Minha princesinha tá apaixonada!
– Para, mãe! – Protestou. – Não me lembra disso.
– Viu só?! Você admitiu.
– PARA! – Ela gritou, fazendo dengo e nós começamos a rir. Rimos tanto, que já estávamos sem fôlego. De repente, a porta abre...
– Qual o motivo de tanta risada? – Arthur entrou rindo, provavelmente do modo com riamos.
            Quando fui responder a pergunta do Arthur, Emme me olhou com uma cara de “Vai contar?!” e eu desconversei “barra” menti, ou melhor, omiti.
– A Emme tava me contando das palhaçadas de ontem, na casa da Patty. – Quando dei essa desculpa, aparentemente esfarrapada, mas que fez todo sentido na cabeça do Arthur, Emme começou a rir, pois sabia que era mentira, mas se colar, colou.
            Passamos a tarde contando coisas que aconteceram conosco e Emme, quando pequena, tudo que tínhamos passados juntos.
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            Durante a noite, quando íamos dormir, fui até o quarto da Emme, que estava terminando de arrumar o cabelo...
– Emme, eu também preciso te contar uma coisa que tá acontecendo comigo.
– Acontecendo com você?! O que foi?
– Emme, eu acho que eu tô grávida. – Quase fechei os olhos pra não ver sua reação.
– GRÁVIDA?! SÉRIO? – Gritou.
– Shhh... – Mandei que calasse a boca. – Seu pai não sabe, ainda... Nem eu sei.
– Faz o teste, ué!
– Não tenho coragem...
– Se quiser, eu te ajudo. Vai ser tão lindo ter um irmãozinho, agora.
– Sério que você acha isso? – Levantei uma das sobrancelhas.
– Claro... E eu acho que o papai vai adorar.
– Tá bom, você me convenceu... Eu acho! Vou pegar o teste de farmácia, á la no meu quarto.
– Tá bom, vou te esperar! – Emme sentou na cama.
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            Entrei no quarto, bem devagar para que Arthur não acordasse. Tarde demais!
– Lua, você não vai dormir?!
– Vou sim, é que a Emme tá com muita dor de cabeça, vim pegar um analgésico pra ela. – Falei tirando a necesserie, com o teste, do guarda-roupas.
– Então, tá bom. Beijo e até amanhã.
– Beijo. – Aproximei da cama e lhe dei um selinho. – Até Amanhã!
            Saí do quarto em direção ao da Emme. Mostrei a caixa a ela, que me olhou sorrindo. Aquele sorriso me incentivava a seguir em frente. Entrei no banheiro do seu quarto, esperei dar o resultado, mas não tive coragem de olhar. Me encarei no espelho. “Meu Deus, nunca pensei que isso fosse acontecer, assim.” Pensei. Pus o resultado sobre a pia, abaixei a cabeça devagar e o encarei. Sai do banheiro olhando pro chão, enquanto Emme andava de um lado pro outro do quarto.
– E aí?! Qual foi o resultado? – Falou, olhando pra mim... Estava aflita.
– NE-GA-TI-VO! – Respondi e ela começou a rir.
– Tá rindo de quê, menina? Essas coisas são sérias!
– Eu sei. – Ela ria sem parar. – Mas a sua cara é a melhor.
            Passamos um tempo rindo e conversando e depois eu fui dormir.

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