sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

40º Capítulo (Último Capítulo) - "O Nosso Destino Estava Traçado!"


40º Capítulo – Narrado por Lua Blanco


            O Arthur estava estranho, bem diferente, mas um tanto quanto galanteador. Quando chegamos na festa, a música “Wisky a GO-GO” começou a tocar.

– E você, linda dama... “Do you wanna dance?” – Arthur segurou minha mão.

– Oh, yes! – Respondi. – Até que em fim!

            Dançamos de nos acabar, a noite toda. Rimos e conversamos até a madrugada e o DJ anunciou que já passava das duas da manhã e a festa só estava começando... Iria agitar ainda mais. Do nada, começou a tocar várias músicas internacionais, brasileiras, músicas nada a ver com anos 80 e as três horas da manhã, não aguentávamos mais dançar, sentamos para beber alguma coisa e repor as energias. Ficamos conversando com a Mel e o Chay por um tempo até que:

– Gente, vocês nos dão licença. – Arthur falou e eu o olhei sem entender.

– Tudo bem. – Mel e Chay continuaram namorando.

– Vem, Lua! – Arthur me chamou e caminhou até o jardim sem me explicar nada. Paramos em meio a ele e Arthur começou:

– Lua, senta aqui. – Sentei a sua frente em meio a grama.

– Arthur, você tá bem?! – Perguntei o filmando.

– É que.. Você lembra daquele dia que dormimos na mesma cama, no seu quarto?! – Concordei com a cabeça. – Então... – Continuou. –Desde aquele dia eu não consigo esquecer teu olhar. Percebi que sem você eu não sou eu. –  Fez uma pausa. – Quando estou perto de você me sinto nas nuvens, eu tenho vontade de gritar pra todo mundo ouvir que seu sorriso é o que me faz feliz. Quando eu durmo longe de você, simplesmente não durmo bem. – Enquanto o Arthur falava, meus olhos se encheram de lágrimas. – Sempre que as pessoas falam de amor... Sempre que eu escuto a palavra amor... Eu associo isso a você!

– Arthur, não faz isso! – Minha voz saiu abafada e uma lágrima rolou.

– Eu quero te fazer uma pergunta. – Ele se levantou ignorando meu comentário e pegou minha mão para que eu também levantasse. – Você quer namorar comigo?!

– Arthur! Eu... Eu não esperava que você... fosse fazer isso...

– Lua, eu não me importo que você diga não, mas saiba que eu vou te esperar e vou tentar te entender. Saiba que te amo! As vezes eu viajo no tempo, um infinito, e vejo nós dois e as vezes, longe de te, eu paro no tempo e tento eternizar teu sorriso (frase tirada da música “Infinito – Guga Sabatiê”), porque ele é meu paraíso. E independente de tudo e de todos, eu não vou conseguir te esquecer.

– Arthur... Eu... Eu... – Fiz uma pausa, as palavras não queriam sair. – Eu aceito o seu pedido... Eu entendo muito bem tudo isso que você falou. – As lágrimas rolavam em meio a um sorriso. – E posso acrescentar uma coisa a partir de todo esse discurso... – Arthur sorriu chegando mais perto de mim. – Sempre que quiser viajar a esse infinito, onde o tempo é só nosso, basta fechar os olhos e me abraçar, eu estarei aqui a todo instante. Quero que saiba que você é muito mais que meu amigo... Você também é meu amor. Você é o lado que me completa... Meu lado “B” e ainda que eu quisesse eu não posso, nem devo viver sem você aqui... Aqui do meu lado! – Terminei o discurso. Nossos rostos chegaram mais perto e comecei a sentir o calor de sua pele. Nossas respirações se transformaram em uma e quando me dei conta, sua boca já estava tão perto da minha... Quando terminamos o beijo, já estávamos sem ar.

– Eu te amo, meu anjo! – Falou, me abraçando.

– Eu também te amo!

– A partir de agora, nosso amor será como na música “Amor de Índio”... No inverno vou te proteger, no verão sair pra pescar, no outono te conhecer e na primavera poder gostar. – Falou sorrindo... Com toda felicidade do mundo.

– Nada vai te tirar de mim...

            Arthur pegou em minha cintura e eu o abracei...

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            Depois de um tempo lá fora, no jardim, voltamos ao salão, nos despedimos de todos e fomos na direção da casa da Sophia. Chagamos lá abraçados, mas de forma diferente... Acho que aquilo era notável em qualquer lugar e por qualquer pessoa, até quem não nos conhecia.

            Sophia abriu a porta e logo percebeu tudo e mais um pouco.

–  Vocês  tão bem?! – Sophia perguntou com cara de desconfiada “barra” Vocês aprontaram algo.

– Ah! – Suspiramos.

– Tudo perfeito, Sô! – Respondi.

– Não, não tem nada de perfeito, tem tudo estranho...

            Arthur e eu nos encaramos e começamos a rir sem parar.

– Não tô vendo graça. – Sophia levantou uma das sobrancelhas.

– É que... É que... – Tentei explicar, mas não parava de rir.

– E-S-T-A-M-O-S N-A-M-O-R-A-N-D-O! – Arthur explicou soletrando.

– Aaaaaaa... – Sophia começou a pular e a gente não parava de rir. De repente, Sophia colocou a mão na boca. – Vai acordar a Emme.

– Acho que já é tarde Sophia. – Emme vinha descendo as escadas com seu ursinho.

– Mamãe? Tio Arthur? Porque toda essa gritaria? – Emme esfregou os olhos.

– É que a mamãe e o Tio Arthur estão namorando! – Sophia falou no ouvido de Emme.

– SÉRIO?! Tio Arthur, agora, vai ser meu novo papai?

– Quase isso, Emme! – Respondi enquanto Arthur nos filmava.

– Quase isso, não! – Arthur estava sério.

– Não?! – Sophia se espantou e eu pisquei pra ela.

– Claro que não. – Emme continuava olhando fixamente pra ele. – Com certeza! Eu sou seu novo pai. – Falou e Emme correu até ele e abraçou-o.

– Papai! Eu sempre quis te chamar de pai.

– Agora você... Pode. Quer dizer, pode não, deve... Minha princesinha.

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Foi assim que eu consegui superar toda aquela “Fase Negra” da minha vida. O Arthur conseguia me entender e eu sabia que pra me ver sorrir ele era capaz de pintar o céu de outra cor... Era capaz de pegar tinta no Arco-Íris e colorir tudo. Ele confiava em mim e eu nele... A partir desse dia, não tinha como ficar triste, a final, ele estava ao meu lado todo tempo e nós percebemos que:

“Não precisávamos aprender, já sabíamos e sabemos. Não precisamos nos acostumar a amar as pessoas, a gente ama e pronto. Quer dizer: PONTO! E foi assim desde o começo. Não precisamos aprender a amar, um ao outro, nos amávamos desde o primeiro olhar, mesmo sem saber que era ou se era amor. Foi simples assim... Queríamos viver um ao lado do outro, mesmo sabendo que antes existia obstáculos, foi quando eles sumiram e hoje é bem assim: ‘Eu te amo e ponto!’


OBS >>> O último parágrafo é uma adaptação de um texto na blog ‘Diário de um Sonhador’, o autor do texto original é ‘Fuad Zarzar’.

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