terça-feira, 8 de janeiro de 2013

31º Capítulo - "O Nosso Destino Estava Traçado!"


31º Capítulo – Narrado por Lua Blanco
           A Sophia ligou pra mim um tempo depois que eu havia falado com o Arthur e o Micael... Ela me contou sobre o convite que o Mica tinha lhe feito e me fingi surpresa para que ela não percebesse que eu sabia algo a mais, que ela.
            Ela me informou que iria lá em casa pegar algum vestido para o jantar.
         Depois de meia hora, ela chegou e pedi pra Emme abrir a porta; em seguida, Sophia subiu as escadas euforicamente chegando até o quarto da Emme, onde eu estava gritando.
– Lua, Lua, eu acho que ele vai me pedir em namoro. – Sophia praticamente pulou em cima de mim.

– Ah Meu Deus! Socorro! – Gritei. – Sophia, respira fundo.
– É que eu tô muito ansiosa. – Falou dramaticamente.
– É, eu percebi. Fico feliz por você! – Falei, tendo uma crise de riso pela sua cara de drama “barra” alegria... E mais um monte de coisa misturada.
– Para de rir, Lua! Tá me deixando mais nervosa e sem graça. – Falou, fazendo cara de bebê.
– Tia Sô, a senhora tá namorando com o tio Micael?! – Perguntou Emme, confusa.
– Na verdade ela não tá, mas pelo visto quer muito! – Falei, voltando para crise de riso.
– Para, Lua. Não tem graça, você faz com que assim, eu me sinta uma boba. – Eu não conseguia parar de rir... Já chorava de tanto rir.
– Não tia, você não é! – Emme tentava consolar Sophia.
– Ela sabe Emme. Isso é só manha e carência... Sei bem como é isso, quando a gente tá apaixonado, fica assim mesmo. – Dei mais uma gargalhada.
– Para, Lua! – Sophia fez dengo e armou um biquinho.
– Ok apaixonada, vamos lá no meu quarto ver os vestidos.
– Hum. – Sophia resmungou enquanto saia do quarto.
– Mamãe, vou arrumar meus brinquedos, tá?!
– Tudo bem, Emme. Qualquer coisa vai lá no meu quarto. – Emme concordou com a cabeça e eu sai correndo até a porta, rindo da cara da Sophia.
            Quando chegamos no quarto, abri o meu guarda roupas e tirei vários vestidos, quase não usados, tinha vestidos de todas as cores... Preto, verde, vermelho, azul...
– Lua, esse é lindo, não é? – Falou Sophia, pegando um vestido vermelho. – Dá pra ir à uma festa de gala.
            Na hora que ela falou aquilo, eu abaixei a cabeça lembrando da primeira vez que usei aquele vestido; foi numa festa de uma amiga de Pedro e sempre que eu o colocava ele dizia: “As mulheres da festa que se cuidem, aí vai Lua Blanco!”, pegava minha mão e me dava vários beijos.
– Ainda dói, né?! – Sophia percebeu que eu estava pensativa.
– Um pouquinho. Não é que chegue a doer, é que o Pedro foi meu primeiro amor... O primeiro amor da minha vida sabe?! Eu vivi com ele do meu lado desde minha adolescência. Era ele quem me fazia sorri, foi com ele que passei as melhores noites da minha vida, quando estava perdida nos meus pensamentos, era dele que eu lembrava e sorria. Então, ainda é complicada. – Falei, achando que cairia aos prantos e percebi que, pela primeira vez depois da sua morte, ao falar dele, nenhuma lágrima rebelde teimou em cair.
– É Lua, eu tento imaginar o quanto é difícil para você, ter que superar tudo isso e ainda cuidar da Emme.
– Pois é! Eu não tenho muito ânimo pra sair... Como antes... Não é que ainda doa... Mas ainda pesa um pouco. É por isso que eu não sei se vou na festa com o Arthur. – Falei, encarando o chão.
– Festa, que festa?! Você não me falou nada.
– É que ele me chamou agora cedo. É uma festa de um amigo da Mel, ou é do Chay, não lembro. Ele foi convidado e me chamou, acho que é uma festa anos 80, 70... Não prestei atenção. – Falei, tentando explicar. – Mas eu não estou muito animada e não tenho com quem deixar a Emme.
– AGORA VOCÊ TEM! Pode ir à festa, eu fico com ela. Você precisa sair, ver gente. Quando é a festa?
– Nessa sexta, no feriado. – Respondi.
– Melhor ainda... Não vai ter aula na faculdade. – Falou a Sophia fazendo uma dancinha estranha. Eu sorri. – Muito bem, levanta a cabeça e olha pra frente... – Sophia ordenou. – O que passou, passou!
            Nesse momento, Emme entrou com seu ursinho favorito na mão.
– Mamãe, o Tio Arthur ligou e disse que vinha aqui hoje a tarde.
– Pronto, diz logo a ele que você vai à festa. – Falou Sophia olhando pro relógio e  pegando um vestido azul, sem ao menos prová-lo, saiu porta a fora. – Sexta a tarde eu passo aqui pra te ajudar a se arrumar e pego a Emme. Tô atrasada! Tchau! – Gritou.
– Quem festa é essa mamãe?!
– Seu Tio Arthur que me chamou e a Sophia praticamente me obrigou a ir. – Falei e Emme sorriu.
– Eu gosto de te ver com o Tio Arthur, principalmente porque a senhora sorri com ele.
– Até você, pimpolha?! – Falei, apertando suas bochechas. Me agachei e a abracei bem forte.
– Te amo muito filha! – Olhei em seus olhos. – Nunca, nunca esqueça disso, ouviu?! – Toquei em seu nariz com a ponta do dedo indicador.
– Também te amo muito mamãe. Ok, eu prometo nunca te esquecer! – Fizemos nossa batida “secreta” e ela começou a gargalhar.
– Do que você tá rindo, menina? – Ri da sua gargalhada.
– É que... Eu sei que a senhora não vai gostar. – Emme riu mais ainda. – Mas você e o Tio Arthur ficam bem, juntos!
– Como é que é?! – Falei, mudando a fisionomia para séria.
– Acho que não era pra eu ter dito isso. – Emme colocou uma das mãos sobre a boca e fez careta.
– Só por causa disso, vou me vingar de você. – Falei tentando amedrontá-la.
– E o que a senhora vai fazer? – Ela levantou as sobrancelhas.
– Muita cosquinha! – Gritei, pegando-a pelo braço e fazendo cosquinha.
            Depois de algum tempo rindo e brincando, sentamos no chão, sem fôlego. E só depois de recuperá-lo, arrumamos a cama e fomos tomar banho, pois daqui a pouco o Arthur chegaria.
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            O Arthur chegou meia hora depois e a Emme foi abrir a porta enquanto eu descia devagar, as escadas.
– Tio Arthur! – Gritou Emme, toda feliz.
– Oi minha princesa! – Ele pegou a no colo.
– Mãe, o Tio Arthur pode dormir aqui?! Pode?!
– Se ele puder... Ele quem sabe. – Pisquei pro Arthur.
– Acho que não, Emme. Amanhã tenho muita coisa pra fazer no hospital. – Menti... No dia seguinte seria nosso dia de folga.
– Vai Tio Arthur... Por favor! Por favor! Por favor! – Pedia Emme.
– Deixa eu ver. – Arthur fez cara de quem ia pensar no assunto. – Eu fico sim! Posso né, Lua?
– Claro que pode! – Rimos.
– Melhor, se a Lua quiser, podemos ir à praia amanhã. – Olhei fixamente pra ele.
– Vou pensar! – Respondi.
– Ebaaa! – Emme comemorou.

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