segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

36º Capítulo - "O Nosso Destino Estava Traçado!"

36º Capítulo – Narrado por Lua Blanco
            Tentei explicar ao Arthur que a única vez que a Emme teve febre NA VIDA foi quando ela sonhou com seu avô, meu pai, falecido, e como ela ainda era muito pequena, não conseguia explicar o ocorrido, direito... Ficou com essa febre durante dois dias, até conseguir contar e entender tudo.
– Acho que ela pode ter sonhado com o Pedro, mas vau deixar ela se acalmar para falar sobre o assunto... Vou até lá ver como está a temperatura dela. Me espera aí. –  Pedi e ele acenou com a cabeça.
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Voltei para o quarto da Emme e sua febre já estava bem menor.
– Mamãe! – Emme me chamou.
– Oi minha linda... Tá melhor?
– Tô sim... Preciso te contar uma coisa.
– Pode falar. – Ajoelhei-me perto da cama.
– Eu sonhei com o papai e ele me disse algo, mas não consigo lembrar o quê. – Falou.
– Tudo bem, quando você conseguir lembrar, me fala. Não precisa ter pressa.
– Tá bom.
– Qualquer coisa, tô no meu quarto conversando como Tio Arthur. – Falei e Emme sorriu balançando a cabeça.
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            Saí de um quarto pra o outro e o Arthur continuava sentado na cama me esperando.
– Eu falei com ela e ela disse que sonhou com o Pedro.
– Não te contou como foi o sonho?! – Ele estava aflito e curioso.
– Não, só falou que ele lhe disse algo pelo qual ela não consegui lembrar, mas assim que conseguir, me avisa.
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            Arthur e eu continuamos conversando e ele começou.
– Você não pensa em se apaixonar de novo?1
– Eu?! Não sei. Acho que não preciso disso, eu tenho minha mãe, que mora em São Paulo, tenho a Emme, a Sô e Você.
– Se é assim, sim! Quem sou eu pra dizer algo.
            Encostei a cabeça e seu ombro e ele começou a acariciar meus cabelos e Emme entra quarto adentro.
– Mãe, eu lembrei o que o papai falou.
– Lembrou!? – Me espantei e Arthur olhou pra mim enquanto levantava a cabeça devagar.
– Ele disse: “Diga a sua mãe que estou feliz com qualquer escolha que ela fizer. Amo vocês!” Foi isso. Lembrei! – Emme comemorou pulando na cama.
            Nesse momento o Arthur olhou pra mim me encarando com uma cara de: “Viu?! Eu estava certo.” E eu concordei com a cabeça.
– Mãe, ainda vamos à praia? – Emme perguntou.
– Hoje não, por causa da hora, mas vamos ver outro dia e depois de amanhã você vai ficar na casa da Sô, porque eu vou sair com o Arthur.
– Tá bom.
– Por falar nisso, eu vou ligar pra ela... Quero saber como foi o jantar com o Micael.
– Jantar?! Que jantar?!
– O Mica não te falou nada? Ele marcou um jantar coma Sô e disse que ia pedi-la em namoro, mas não sei se rolou... Vou lá embaixo.
– Ok, vou brincar com a Emme lá no quarto dela.
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            Liguei para Sophia, queria saber todos os detalhes do acontecido e o telefone chamou, mas ninguém atendeu, tentei mais de três vezes, nada... Talvez ela tivesse saído e esquecido o celular... Não, não, isso nunca aconteceria, era mais fácil encontrar a Cinderela caminhando pela cidade do que ela esquecer o celular em casa... Ele podia está no fundo da bolsa e ela não conseguiu achá-lo...

            Desliguei o telefone e fui até a cozinha pegar um copo d’água e ler um livro que a Sophia tinha me emprestado... O livro era : “Até eu te encontrar!” de Graciela Mayrink... Em sua capa existiam as seguintes perguntas: O quanto uma mudança de cidade pode afetar uma vida? Você acredita em alma gêmea? Como você se sentiria se não gostasse do grande amor da sua vida?”... Percebi que Flávia, protagonista da história, e eu, poderíamos ter muitas coisas em comum, então comecei a folheá-lo...

            Depois de meia hora o telefone tocou... Era Sophia.

Início da Ligação

Oi Lua!

– Oi Sô! Tentei falar com você e nada.

– Ah, é que eu tava lá em cima com o Micael.

– Era sobre isso que eu queria falar. Como foi o jantar ontem?

– Foi ótimo, perfeito, maravilhoso... – Falou, encantada.

– E o Mica... Te pediu em namoro?!

– Pediu sim. Aaaaaaah! – Sophia começou a gritar. – Olha, depois ei te conto os mínimos detalhes, por telefone não dá, né?!

– Com certeza! – Rimos. – Ele dormiu aí?!

– Dormiu sim.

– Só dormiu?! – Perguntei ironicamente “barra” maliciosamente.

– Não preciso responder, né?! – Ela respondeu com outra pergunta e nós rimos.

– Só tô tirando onda com sua cara. Vai lá, depois eu falo contigo. Beijo! – Falei, rindo.

– Beijo!

Fim da Ligação

            Arthur desceu as escadas.

– E aí, como foi o jantar da Sophia?

– Não sei direito, mas pelo visto, ela está com o Mica... Pelo que ela falou, ele a pediu em namoro... Eu já sabia que ele faria isso, mas ela não entrou em detalhes, disse que depois ligaria pra mim.

– Que bom! Até que em fim eles se acertaram. Não aguentava mais o Mica falando da Sophia.

– Não aguentava?! Vai se preparando porque aí é que ele vai falar sem parar.

– É verdade! – Concordou. – Esqueci que gente apaixonada é um caso sério. – Rimos.

– Pois é, mas a Sophia não vai me deixar esquecer disso. – Rimos de novo.

– Vamos precisar de sorte! – Arthur pegou em meu ombro me dando um beijo na bochecha.

– E aí, você vai mesmo pra festa?! – Mudou de assunto.

– Humhum. – Confirmei. – Depois do que a Emme falou, fiquei mais tranquila. Foi como se aquilo aliviasse meu coração, sabe? Me deixou mais leve, com mais vontade de viver, de sair... – Falei sorrindo.

– É assim que eu gosto de te ver, Dona Lua! – Falou sorrindo e cantando. – “Não chora, a nossa vida é feita mesmo para se aprender, e agora, é hora de tentar se libertar, não vai doer...” ♪♫ – Ele continuou cantando e aquilo me fez rir.

– Ai, ai. Tá bom, Arthur! Só você pra me fazer rir desse jeito. – Falei em meio as gargalhadas.

– Pelo menos você sorriu.- Arthur falou, fazendo careta... Continuamos conversando e Emme desceu as escadas e começou a participar do diálogo.

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