6º Capítulo - "O Nosso Destino Estava Traçado!" - Segunda Temporada

6º Capítulo – Narrado por Emme

            Depois que me despedi da minha mãe, desci do carro e fui falar com a Patty que também acabara de chegar... Entramos na escola e ela me contou que na primeira aula, teria uma palestra falando sobre as escolhas e os dramas dos adolescentes... Esse tipo de coisa!

            Entramos na sala de aula e esperamos que alguém chegasse avisando sobre a palestra... Com dez minutos o nosso coordenador mandou que todos fossem até o auditório e saímos, obedecendo sua ordem. Sentamos nas poltronas que ficavam em um das fileiras do meio e o Bruno... Ah, O Bruno! Epa, epa... Foco, Emme! O Bruno tava, acho que, umas duas filas na nossa frente.

            Depois que todos estavam acomodados nas poltronas, as cortinas do palco do auditório abriram-se. Lá estava uma mulher e um homem sentados em bancos. Daí, a mulher começa.

– É né, gente?! Estamos aqui para falar sobre a passagem da “infância” – Ela usou aspas na palavra. – para a adolescencia.

– A época das dúvidas, dos primeiros amores... – O homem completou e no mesmo instante, Bruno virou-se, me encarando. Nessa hora, desviei os olhos, fingindo que não era comigo.

– Quem aqui já se apaixonou? – A mulher perguntou e várias pessoas levantaram a mão, inclusive a Patty, que estava do meu lado, enquanto eu só observava, parada.

– E quem aqui ESTÁ apaixonado?! – O homem indagou com a expressão curiosa e todos, sem excessão (Menos eu), levantaram a mão e mais uma vez Bruno virou-se me encarando. Eu não aguentava mais desviar os olhos e continuei o encarando. Ele logo virou para frente, novamente e a palestra continuou... O resto do dia foi normal, tirando as olhadas que Bruno me dava...

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            Na hora da saída, minha mãe estava atrasada e muita gente já tinha ido embora. Havia tentado falar com ela, mas não pegava de jeito algum. Eu já estava estressada, a fome estava começando a atacar e eu já começava a bater o pé. Seria mais fácil pegar um táxi e quando decidi fazê-lo, Bruno chegou por trás de mim, dando-me um beijo na bochecha e eu o encarei. Eu já estava estressada e com raiva, mesmo e aquilo me deixou pior.

– O que foi? – Falei, levantando uma das sobrancelhas. – Qual é a sua?

– A minha?! – Segurou minha mão. – A minha é você!

– Hã?!

– Emme, você ainda não entendeu que eu gosto de você? – Perguntou, mas não respondi, continuei a olhar em seus olhos, que estavam cálidos e assim, sabia que ele falava verdade. – Desde muito tempo que eu quero ficar com você. Mas não é nenhum “ficar” qualquer, é aquele ficar de “ficar juntos”... Aqui comigo... Poder te beijar sem me importar com o que os outros vão pensar, poder passear de mãos dadas... Poder te chamar de minhas... MINHA NAMORADA, MINHA PRINCESA, MEUS CACHINHOS DOURADOS... MEU ANJINHO! – Falou, passando a mão em meu cabelo. – Você quer namorar comigo? – Perguntou.

– Eu... – Tentei falar, mas não consegui responder. Queria muito consegui falar um “Sim!”, mas não deu! Ele me olhou fixo e continuou.

– Eu fui bobo em não ter te falado isso antes, quando você dormiu lá em casa... Nem deveria ter te dado aquele beijo... Foi um equivoco!

– Você não gostou?! – As palavras sairão involuntariamente pela minha boca.

– Eu... Não, claro que não! Eu amei! Foi o melhor beijo que já dei em toda minha vida... – Ele suspirou. – Você aceita namorar comigo?

– A... A... Aceito! – Gaguejei. – Mas tem um problema.

– Qual?! – Ele perguntou sem entender e quando pensei em responder ele mesmo completou. – Claro! Seu pai, certo?!

– É... Não é que ele não deixe, é que eu não sei como ele vai agir... Já comentei sobre o assunto com a minha mãe e ela não mostrou ser contra, mas nunca toquei no assunto com meu pai.

– Você já falou de mim pra sua mãe, ou falou sobre namoro?

– Os dois. – Sorri sem graça.

– Não precisa ficar sem graça, meu anjinho! – Ele enrolou um dos seus dedos em um dos anéis formado em meus cabelos. – Eu também já falei pra minha mãe que ela se preparasse pois iria ganhar uma nora. – Gargalhamos juntos e ele chegou mais perto de mim. – Você parece um anjo... O anjo que veio para iluminar minha vidinha sem graça. Você é MEU ANJO!

            Nossas respirações foram juntando-se, nossos corações começaram a bater como um só, seus lábios chegaram mais próximos dos meus, conseguia sentir seu hálito e finalmente, nossos lábios iam se tocar, quando... “BIBI!” Um carro pôs os faróis sobre nós e nos viramos. Senti que Bruno segurou firme minha mão enquanto o motorista abaixava o vidro do caro. Era meu pai! :O

– Vamos, Emme?! – Falou e Bruno soltou minha mão bem devagar.

– Tchau, anjinho! – Falou baixinho no meu ouvido.

–Tchau! – Respondi sorrindo, enquanto ele me dava um beijo na bochecha.

– Até amanhã! Qualquer coisa te ligo.

– Ok! Vou esperar!

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