sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

24º Capítulo - "O Nosso Destino Estava Traçado!"

24º Capítulo – Narrado por Lua Blanco
            Foi um choque enorme para mim. Eu estaria sem o Pedro!! E agora?! Quem iria me fazer sorrir? Quem iria ficar com ciúmes de mim e antes de adormecer, me pediria desculpas e diria que me ama? Quem iria selar tudo com um carinho no rosto e um beijo? Como a Emme iria atrapalhar meus beijos com ele porque teve um pesadelo? Eu estava meio pedida, agora. Quem iria pegar a Emme na escola e me esperar em casa para jantarmos juntos? Quem iria atender meu telefonema com um “ Oi minha linda!”?
            Ainda estávamos no carro e ao pensar em toda minha trajetória com o Pedro, até aquele dia, as lágrimas não se controlavam, voltaram e não paravam de cair em um só momento. Era uma cachoeira de emoções! Arthur segurou minha mão, enquanto dirigia com a outra, aquilo me deu conforto, foi como se ele tivesse dado um força de seguir em frente, foi um alívio inexplicável.
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            Chegamos em casa e tive que colocar a Emme para dormir, tentando relutar contra os meus sentimentos.
            Quando ela deitou, olhou bem no fundo dos meus olhos e começou.
– Mamãe, onde está o papai? Ele morreu, não foi?
– Não é que ele tenha morrido, minha linda! – Falei, acariciando seu cabelo e percebia que alguém (Só podia ser o Arthur) entrou no quarto.
            Ele olhou para mim e encostou-se na cama ajoelhando-se.
– Não é que ele tenha morrido, minha linda! – Repetiu me olhando com um riso frouxo. – É que agora ele virou uma estrelinha. Ele agora, mora com o papai do céu e quando você olhar pra lá e ver a estrela mais brilhante, saiba que ela será seu Pai, que estará sorrindo para você.
– Promete, Tio Arthur?! Promete, mamãe?! – Perguntou minha filhinha com lágrima nos olhos. Concordei com a cabeça e fizemos nossa batida “secreta”. Arthur sorriu me abraçando e beijando minha cabeça.
– Prometemos sim! – Falamos na mesma hora e Emme sorriu e pediu para que o Arthur falasse mais da estrelinha onde sei pai estaria agora, eu fui para meu quarto e quando ela pegou no sono, Arthur foi até onde eu estava, onde eu voltara a chorar sem parar.
– Olha, tenho que ir, já está tarde.
– Não, você pode dormir no quarto de hospedes. – Falei enxugando as lágrimas rapidamente. – Ainda está chovendo, mais fraco do que antes, mas mesmo assim, ainda está tarde. Tenho alguns pijamas aqui, o Pedro nem chegou a usar.
– Então tá bom! Boa Noite! Fica bem! – Ele aproximou se de mim, me deu um beijo na testa e saiu a caminho do quarto de hospedes.
– Vou ficar! – Falei quase sem voz e ouvi a campainha tocar. Devia ser a Sô, ela havia falado que iria para casa e depois, mesmo estando tarde, quando tudo se acalmasse, ela passaria por lá.
– Deixa que eu vou atender! – Arthur virou-se  para mim. – Deve ser a Sô.
– Arthur, espera! – Pedi. – Muito obrigada! É nessas horas que podemos ver os amigos de verdade.
– Não é nada... Afinal, amigos “de verdade” são para isso. – Falou, soltando um beijo e indo abrir a porta da sala, lá embaixo.

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