domingo, 21 de julho de 2013

47º Capítulo - "O Nosso Destino Estava Traçado!" - Segunda Temporada (1ª Parte)

47º Capítulo – Emme
            As aulas já haviam sido retomadas, ou melhor, as minha aulas haviam sido retomadas um dia antes. Hoje era o meu segundo dia de aula depois das férias de Julho, ou seja, o primeiro dia de aula da Clarinha e então aproveitei pra lhe mostrar o lado onde eu estudava.
            Mostrei-lhe a diferença do prédio onde eu estudava e o que ela estudaria. Mostrei como funcionavam as cantinas...
– Maninha, esses aqui são os armários. – Falei, entrando no corredor dos armários. – Não é separado por cor, mas na maioria das vezes os vermelhos são das meninas e os amarelos dos meninos.
– Eu quero um armário pra mim, também.
– Só daqui alguns anos. – Falei, rindo. – Segura aqui. – Dei o livro que estava em minha mão pra que ela segurasse e eu tentasse abrir o armário. – Tem que abrir com cuidado porque às vezes as chaves travam.
– Ora, ora. – Valéria surgiu do nada. – Se não é a menina dos cachinhos de ouro e a postiça. – Falou com aquela vozinha de deboche e eu me virei imediatamente. Já estava morrendo de raiva só de saber quem era.
– Eu não acredito. – Empurrei Clarinha mais pra trás de mim pra que ela não conseguisse fazer nada com ela. – Ô cobra, você não tem o que fazer, não?
– Vai espalhar seu veneno em outro lugar. – Me surpreendi quando Clarinha tentou revidar.
– Ah, mas a postiça também sabe se defender sozinha.
– Sei sim.
– Claro que ela sabe, não é como você que precisa atacar pessoas inocentes porque não consegue, nem sabe se defender. E ela não é postiça, coisa nenhuma! É muito melhor que você que ninguém quer como colega de turma, que dirá irmã! Você, não presta! – Alterei a voz na última frase.
– O que é que tá acontecendo aqui, hein, Emme?! – Bê apareceu no corredor junto a Paulo e caminhou em minha direção.
– O que você acha?! É essa cobra, aí!
– Valéria, de novo não!
– Claro, tem que ter um mocinho pra salvar a menina dos cachinhos de ouro. – Falou, debochando mais uma vez. – E ainda veio um ajudante pra ajudar o galã.
– Idiota! – Gritei, fechando o punho de tanta raiva e percebi que Clarinha agarrou minha cintura como se estivesse com muito medo.
– Você não vale nada. Não vale nem o prato que come. – Paulo também estava com raiva.
– A tá! Que frase original. – Retrucou.
– Garota, não me provoca. – Avisei.
– Ou o quê?
– Ou isso. – Tirei as mãos da Clarinha, que estavam entrelaçadas em mim, devagar e avancei em Valéria.
– NÃO, EMME! – Clarinha gritou, implorando pra que eu parasse, mas minha raiva foi maior.
– Paulo, me ajuda a separar essa briga.
– Pera, mano! Primeiro deixa a Valéria apanhar.
– EMME, PARA! – Clarinha gritava.
– Não sem antes fazer isso. – Falei, trincando os dentes e erguendo minha mão o mais alto possível para que assim eu pudesse acertar uma tapa na cara da Valéria e foi o que fiz, deixando uma marca perfeita dos meus cinco dedos da mão direita na sua bochecha, mas é claro que ela não deixaria por isso. Ela também aproveitou a raiva, que só aumentou, e lançou, com um só golpe, suas unhas gigantescas em meu braço.
– Separa elas! – Ouvi Clarinha suplicar a Bruno que aceitou aquele pedido desesperado.
– Tá bom, Emme. – Ele me puxou, segurando meus braços e Paulo o ajudou, segurando Valéria.
– Você é INSUPORTÁVEL! – Gritei.
– Valéria, vai embora e vê se nos deixa em paz. – Paulo a empurrou e ela saiu na hora que o diretor Roberto entrou no corredor.
– Oi crianças! Bom dia! Quem é essa pequenina aqui? – Perguntou, alisando o cabelo de Clara.
– Minha irmã! – Respondi enquanto Clara só conseguia mostrar um leve sorriso por causa do seu estado de choque, consequência da briga.
– Como é seu nome?
– Mar... Maria Clara. – Respondeu gaguejado. – Mas todo mundo me chama de Clarinha.
– Tudo bem, Clarinha?! – Ele perguntou, tentando ser simpático e Clara balançou a cabeça, assentindo.
– Tá tudo bem sim, Diretor Roberto.
– E porque o Bruno está te segurando assim, Emme? – Bruno ainda me segurava do mesmo jeito desde a hora que me separou da briga.
– É que... – Tentei achar uma desculpa rápida, mas o esforço foi em vão.
– É que ela ia caindo... – Bruno deu a desculpa mais esfarrapada que já vi e me soltou devagar.
– É!!! Sem querer ela tropeçou no meu pé e ia levando um belo de um estouro. – Paulo se pôs na história.
– Tá... – Roberto falou em tom de “Vou fingir que acredito!” – Deve ser por isso que a Valéria estava toda descabelada... Ela também ia caindo, né?!
– Pois é! – Ri. – A queda ia ser em efeito dominó e ela também escorregou.
– Eu, hein! Boa aula, pequena Clara. Espero que goste das aulas e da nova escola. – Falou, saindo do corredor e Clara não respondeu, só deu um sorriso.
– EMME! – Clarinha me deu uma tapa. – Você podia ter se machucado feio.
– E ela se machucou. – Paulo observou e Bruno me abraçou por trás, erguendo meu braço, apontando para o arranhão que parecia ser fundo, mas não liguei.
– Desculpa Cla, mas é que minha raiva foi maior. Prometo que da próxima vez eu te aviso antes. – Respondi gargalhando.
– Não tem graça. – Clarinha fez bico.
– Ownt, Senhorita Dengo! – Ajoelhei-me na sua frente. – Desculpa! Eu juro que vou tentar não fazer mais isso. – Levantei o dedo mindinho e ela me encarou abrindo um sorriso de “Tá, não dá pra ficar com raiva de você!”.
– Tá bom! – Ela também ergueu seu dedo mindinho direito e entrelaçou no meu.
– Te amo maninha! – A abracei.
– Galera, eu vou indo. Vou procurar a Patty porque daqui meia hora começa a primeira aula.
– Ok! Vai lá, chapa. Primeiro eu vou à enfermaria pra cuidar do machucado da Emme.
– Não precisa Bê! Eu vou com a Clarinha.
– Precisa sim! Pode ir, Paulo.  A gente se encontra na aula.
– Beleza! Tchau!
– Bê, você podia ter ido. Eu sei o caminho da enfermaria.
– Eu sei que você sabe, mas eu quero cuidar de você. Posso?!
– Claro, meu amor!
– Tava com saudades de você. Então eu quero cuidar de você. – Falou dando-me um selinho.
– Ownt... – Falei e Clarinha riu.
– Gente, e sei que o amor é lindo, mas bora ajeitar logo esse troço no te braço porque se não vai melar seu uniforme todo.
– Tá! Tá bom. Vamos que antes de ir pra nossa sala eu vou te levar pra sua.

            Saímos em direção à enfermaria enquanto Bruno não parava de me mimar e de distribuir beijos pelo meu rosto.

P.S: Gente, mil desculpas mas é que eu não tô entrando muito no PC e ainda não terminei de digitar os capítulos! Vou fazer o máximo pra postar...

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