quarta-feira, 24 de outubro de 2012

7º Capítulo - "Férias de Verão"

            No dia seguinte nos acordamos mais tarde que o normal. Antes de tomar banho quando estava arrumando algumas coisas minhas, Clarice saiu do banheiro e me perguntou o que havia acontecido, por que toda aquela fúria minha, então decidi contar tudo.
            Depois de longos minutos de conversa eu parei, olhei pra Clarice e falei:
–Chega de falar de mim.
–Ham?
–É. Eu vi o jeito que o Ricardo olhou pra você ontem e vi muito bem como você ficou depois do beijo que ele mandou pra você.
–Você tá vendo é coisa demais. Não aconteceu nada disso.
–Aconteceu sim, você que não quer assumir.
–Tá, tá bom. Vai se arrumar pra gente jogar vôlei na praia com os meninos.
–Meninos? Que meninos?
–Mauro, Ricardo, André, Lucas e Tony.
–A tá, eu vou me arrumar bem rápido então.
–Tá, vou ficar te esperando.
            Descemos para nos encontrar com os meninos. Depois disso fomos a caminho da praia. Quando o jogo já havia acabado e todos ido embora, Clarice chamou Ricardo pra comprar água de coco, nos deixando sozinhos. Sem ter muito o que falar ele começa:
–Você joga muito bem.
–É eu sei. Já me disseram isso. –Ele olha pra mim e começa a rir e sem entender olhei pra ele e perguntei o por que de tanta risada e ele responde:
–É que é muito engraçado...
–O que é tão engraçado?
–Esse seu jeito. Você é segura até nisso e nunca dá o braço a torcer.
            Ele olhou pra mim e começou a passar a mão o meu cabelo chegando cada vez mais perto. Nessa hora eu senti meu rosto corar. Quando ele ia me beijar chegou Clarice e Ricardo e atrapalharam tudo.
–Opsi! Atrapalhamos alguma coisa? –Perguntou Clarice.
–É né pelo visto o beijo. –Respondeu Ricardo.
–Beijo? Que beijo garoto? Não tem beijo nenhum.
–Tá, finge que tá falando a verdade, que eu finjo que acredito. –Disse Ricardo, com muita ironia na voz. E Mauro fez uma cara de sínico como se nada tivesse acontecido.
            Lili chegou na hora puxando Mauro e não falou com ninguém. Eu senti uma raiva crescendo dentro de mim, Clarice percebeu o meu estado e perguntou:
–Tá chateada né?
–Não. Tá vendo alguém com raiva aqui?
–Ahh, para de tentar se enganar, até por que enganar os outros você não consegue mais.
–Tá bom. Eu já vi que você não vai parar então eu já vou e se você quiser vir comigo fica calada.
            Quando estávamos no corredor do quarto ela recomeça a falar:
–Por que você não se abre comigo e diz a verdade?
–Que verdade?
–Diz logo, admite que é louca pelo Mauro, que você só pensa nele, que tá perdidamente apaixonada, que morre de ciúmes da Lili, que tá doidinha para pular no pescoço dela, admite, pode falar!
–Aiii, eu não vou ficar aqui escutando esses absurdos, é tudo mentira, pode até ser que eu esteja doida pra pular no pescoço dela, mas se você continuar falando você vai entrar pra listas das sem cabeça, sua chata.
–Tá bom, parei. Mas se quiser se abrir com alguém, saiba que além de ser sua irmã, sou sua amiga e que pode contar sempre comigo, que não vou te julgar, vou te apoiar. –Clarice falou isso me abraçando com ar de conforto.

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