quarta-feira, 17 de outubro de 2012

2º Capítulo - "Férias de Verão"

          Tudo havia corrido bem naquela manhã até a hora do intervalo. Os alunos caminhavam para a cantina e na fila para o lanche, começou a gritaria, um empurra, empurra.
            Na minha vez de pegar o lanche só havia sobrado uma tortinha de brigadeiro com granulado que a Dona Betty fazia, ai... ai... Enfim, voltando a história, adivinha quem estava atrás de mim na fila?? Se você pensou: O palhaço do Mauro, acertou!
            Eu estava prestes a pegar aquela deliciosa tortinha, quando o abominável coloca a mão em cima da minha pra tentar pegar, nesta hora senti um arrepio por todo o corpo, mas eu não cedi, Ruum! E começamos a brigar, pra variar.
–Ô animal, tira a pata de cima da minha mão.
–Primeiro: não tem seu nome na tortinha, segundo: eu não sou animal e terceiro: você podia ter pedido por favor.
–Pode engolir essa porcaria eu não quero mais.
–Não, pode ficar, por que eu sei que você é uma chocólatra. –Rapidamente pensei e respondi.
–Muito obrigada, mas isso é só por que você me chamou de gorda. –Falei isso esfregando a torta na cara dele .
–Sua sem noção. –Respondeu-me dando meia volta e indo em direção ao banheiro limpar o rosto.
            Cerca de dez minutos depois, o sino toca e todos voltam para a sala, tendo aula de espanhol.


Na saída da escola percebi que algo de errado havia acontecido, estava tendo o maior tumulto  no portão da escola quando me aproximei e vi que Mauro tinha acabado de arrumar briga com Bruno, um valentão do primeiro ano, então entrei no meio da roda para dar uma olhada e quando consegui vê-los, Mauro tinha acabado de levar uma soco e cair no chão, na hora fiquei muito preocupada, só pensei em interromper a briga e ajudar, era uma confusão tão boba que até hoje não sei o motivo e nem tenho curiosidade de saber.
–Você tá bem? –Perguntei morrendo de preocupação.
–É né. Na medida do possível. –Falou tocando o olho machucado.
–Não. Não tá nada bem, deixa que eu te levo para casa, vou ligar pro seu pai pra ele vir lhe buscar.
            Quando estávamos sentados na calçada esperando o pai de Mauro, ele pergunta:
–Porque você está sendo tão gentil comigo? –Fiquei sem ação na hora e pensei logo em uma resposta convincente.
–Aaaa, eu tô te ajudando e você vem cheio de direito, quer saber era pra eu ter deixado você apanhar até cair os dentes. –Falei me levantando e já indo embora, quando ele disse:
–Espera, eu não queria te deixar sem jeito.
–E quem disse que eu tô sem jeito!?
–Calma, parei. Fica aqui me fazendo companhia até meu pai chegar. Por favor!
            Ele fez uma carinha tão fofa que não pude dizer não e fiquei esperando seu Márcio chegar. Quando chegou me agradeceu e até ganhei um beijo do chato do Mauro como agradecimento! Clarice chegou e fomos andando à caminho de casa enquanto eu contava o que havia acontecido.

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