domingo, 21 de abril de 2013

36º Capítulo - "O Nosso Destino Estava Traçado!" - Segunda Temporada


36º Capítulo – Narrado por Lua Blanco
            Estávamos no aeroporto e o voo havia atrasado uma hora . Horas essas que pareciam não ter fim e eu não aguentava mais esperar e até a Clarinha já dormia nos braços de Arthur.
– Agora só falta meia hora. – Falou, tentando me confortar.
– É... – Dei um longo suspiro. – Ela tá dormindo como um anjinho. – Falei, acariciando o cabelo loirinho da menina.
– Ela é um anjinho. Nosso anjinho! – Falou com a voz baixa pra não acordá-la. – Quando chegarmos em casa ela vai querer saber sobre a Rose.
– Eu sei. – Respondi fitando o chão. – E eu que achava que um raio não cais duas vezes no mesmo lugar. – Arthur me deu um sorriso torto e eu retribui.
– Tudo vai dá certo! Se não deu certo ainda é porque não chegou no final. – Ele beijou minha bochecha.
            Passamos mais hora lá, esperando o bendito voo e com meia hora certinha, a mulher anunciou no auto falante que o nosso voo iria embarcar.
– Vamos! – Chamei, levantando.
– Vamos!
            Clarinha ainda estava com carinha de sono mas havia acordado a uns cinco minutos e Arthur a colocou no chão pegando suas malas. Eu peguei as passagens e com a mão que estava livre, segurei sua mão.
            O voo foi tranquilo e depois de um longo tempo no avião, acho que uma hora mais ou menos, chegamos de volta ao Rio. Arthur ligou pra Emme, ele já estava preocupado com nossa bonequinha dos cachos dourados.

Início da Ligação
– Princesa?
– Oi pai!
– Cê ainda tá na casa da Patty?
– Sim. E vocês, já chegaram?
– Sim, agorinha! E você, vai ficar por aí?
– Não sei, acho que não. – Ela faz uma pausa. – Pai, tá tudo bem aí?! Sua voz tá diferente.
– É que... Não sei explicar. Mas realmente, a Clarinha, agora, é sua irmã.
– Tá... – Pausa. – Tô indo pra aí.
– Tá tarde, filha.
– Mas eu vou com o Bê, a Patty e o Paulo.
– Tá bom. Estamos voltando pra casa e vamos te esperar na porta.
– Ok. Chego aí em 10 minutos.
– Tá, vou te esperar. Te amo!
– Também te amo, pai!
Fim da Ligação

Quando chegamos em casa, Emme já nos esperava no jardim, sentada na grama com os meninos.
– Oi crianças. – Falei, entrando no jardim.
– Oi Tia Lua! Oi Tio Arthur! – Patty os cumprimentou. – Oi Clarinha! – Sorriu acenando e ela retribuiu.
– Oi Arthur! Oi Lua! – Paulo e Bruno cumprimentou  uníssonos.
– Oi pai! Oi mãe! – Emme levantou e todos a acompanharam. – Oi Clarinha. – Falou, chegando mais perto dela e lhe dando um beijo na bochecha.
– Oi Emme. – Falou baixinho, apertando minha mão.
– Gente, valeu por ficar aqui comigo, mas podem ir, agora. Muito obrigada por tudo. – Emme agradeceu.
– Amigos são pra isso. – Patty falou abraçando-a.
– E namorados também. – Bruno lhe deu um selinho.
– Pode contar conosco. Sempre! – Paulo completou.
– É, mas agora, tamos indo. – Patty falou.
– Já tá tarde e eu vou pagar um táxi pra vocês. – Arthur a interrompeu. – Vou ficar mais tranquilo se forem de táxi.
            Arthur os deixou no táxi e entramos em casa sem explicar muito sobre o ocorrido... Emme entrou primeiro e sentou no sofá, pondo a sua mochila ao lado, Arthur e eu entramos segurando muito o porque dela está na minha casa e não ter ido ver sua mãe.
– Tia Lua, o que aconteceu com minha mãezinha? – Clarinha perguntou se afastando um pouco de nós.
– É uma história muito longa, Clarinha. – Hesitei antes de falar e Arthur me olhou. – Eu não acredito que vou ter que fazer isso de novo. – Cochichei em seu ouvido e ele suspirou.
– Cla, vem cá! – Emme a chamou, fazendo sinal pra que ela sentasse em seu colo e ela o fez.
– Oi, Emme. – Falou com a voz doce.
– Você quer saber o que aconteceu com sua mãe?! – Perguntou como se estivesse falando com um bebezinho e a pequena deu um sorriso torto.
– Quero sim, mas ninguém me contou nada. – Fez biquinho.
– Eu sei o que você está sentindo. – Respondeu acariciando seu rosto.
– Quando eu tinha a sua idade aconteceu algo parecido comigo.
– Sério?
– Muito. – Emme respondeu de forma que deixasse Clarinha curiosa e Arthur e eu decidimos sentar no sofá e observar o que ela dizia.
– Eu também tive um papai que morreu.
– Mas o seu pai não é o Tio Arthur?! – Clarinha não entendeu.
– É sim, mas eu tinha outro papai que não tá mais com a gente.
– Aaaah! E onde ele tá?!
– Ele sofreu um acidente e esse dia me explicaram... – Emme olhou para Arthur antes de terminar a frase. – Me explicaram que meu papai não estava mais conosco. Me disseram que ele tinha virado uma estrelinha que brilhava toda noite no céu.
– E a minha mamãe? Ela também virou uma estrelinha?!
– Pois é! – Eme respondeu e Clarinha deu um largo e brilhante sorriso.
– Sempre que sentires saudades dela, olha pro céu e a estrelinha que mais brilhar, será ela sorrindo pra você.
            Enquanto Emme falava, eu lembrava de tudo que havera acontecido na noite da morte de Pedro... Tudo voltou como um FlashBack, um filme que passava diante dos meus olhos... Filme cujo qual eu era a protagonista. Algumas lágrima brotaram dos meus olhos e Arthur fez o favor de secá-las, dando-me um beijo na bochecha.
– Sua mamãe vai estar sempre, sempre, sempre, sempre, com você. Independente dela estar no céu, na terra, na lua ou em qualquer outro lugar. Mesmo que ela esteja em outro planeta... –  Clarinha gargalhou. –  Ela vai lembrar que você existe.
– Você é muito legal! – Clarinha a abraçou.
– Você também é, pequenina! – Emme tocou o nariz da menina com a ponta do dedo indicador e ela sorriu.

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Um comentário:

  1. Que LINDO!!!!!!!!!!!!!!!!!
    POSTA MAIS!!!!!!!!!!!!!!!!
    AMEI!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
    Eu ja tava com saudade da web!!!

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