terça-feira, 26 de março de 2013

29º Capítulo - "O Nosso Destino Estava Traçado!" - Segunda Temporada


29º Capítulo – Narrado por Emme
O Papai foi até a cantina do hospital comprar algo para comermos e eu preferi ficar no quarto, esperando que mamãe acordasse. Foi quando meu celular tocou, era a tia Sô!

Início da Ligação
– Oi tia!
– Oi flor! Já to aqui no hospital, mas ele é muito grande, em que corredor vocês estão?
– No quarto corredor.
– Acho que achei. Ele tem azulejos azuis e cinzas.
– Tem sim. Quer dizer, eu acho qeu o hospital todo tem azulejos dessa cor, mas...
– Tá bom. Achei! Mas qual o quarto?!
– Quarto 3. – Respondi.
– Ok. To chegando aí!
– Tá, to te esperando.
Fim da Ligação

– Cheguei! – Falou abrindo a porta e eu corri para abraça-lá. – Como a Luinha tá?!
– Tá bem. Foi só um susto. Tá tudo bem, mas ela estava cansada e assustada, então o medico achou melhor que ela ficasse por aqui. – Expliquei. – Mas ele falou que assim que ela acordar pode voltar para casa.
– Graças a Deus! – Respirou aliviada. – trouxe o que você pediu. Tem roupas, escova de dente, creme dental, pente... Essas coisas.
– Obrigada, tia!
– Eu trouxe um vestidinho para você! Tá bom?!
– Ótimo! – Gargalhei. – Vou me ajeitar e daqui a pouco o papai tá chegando.
– Onde ele foi?
– Na cantina, comprar alguma coisa para comer. – Respondi.
– Tá. Vou esperar! – Falou, sentando em uma das poltronas e eu entrei no banheiro para me ajeitar. Quando sai o papai estava conversando com a tia Sô e mamãe, que já havia acordado.
– Bom dia, Mãe!  - Dei um beijo em sua bochecha.
– Bom dia, princesa!
– Tá melhor?! – Perguntei.
– Com certeza. Melhor impossível! – Falou com um sorriso de orelha a orelha.
– Ainda bem que foi só um susto.
– Emme, eu trouxe pão de queijo e café com leite, já que você não toma café puro. – Papai, meio que interrompeu, sem querer, nosso dialogo.
– Tá ótimo! – Falei pegando a Bandeja.
– Vou me ajeitar. – Avisou. – Quando terminar a gente volta para casa pode ser?!
– Com certeza! – Respondi. – Não aguento mais cheiro de hospital. – Fiz careta e ela gargalhou.
– Tudo bem. Cinco Minutinhos! – Falou correndo pro banheiro.
– Mãe, a senhora não vai se trocar?
– Vou, assim que me der coragem.
– Vem que eu te ajudo! – Tia Sô se ofereceu e ela levantou-se devagar. – Trouxe uma roupinha bem folgada pra você. Vê se tá bom? – Ela me mostrou uma batinha e um short.
– Sô, qualquer coisa tá bom. Eu vou para casa e não pra um desfile de moda.
– Tá, tá bom. – Deu de ombros enquanto eu não parava de rir.
– Para de rir! – Tia Sô falou rindo. – Você é igual a sua mãe.
– É o que dizem! – Respondi gargalhando e mamãe riu comigo.
– Viu?! Até a risada é igual. – Rimos mais ainda.
– Tá bom, mas me ajuda logo. – Pediu.
– Tudo bem. – Deu de ombros.
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Meia hora depois, tudo estava pronto e organizado. Papai pegou a mala que tia Sô trouxera e levou ao corredor.
– Gente tenho que ir. Tenho muita coisa para resolver no trabalho. Mais tarde te ligo. – Tia Sô falou, despedindo-se.
– Tudo bem. Muito obrigada! – Respondeu abraçando-a. – Te amo!
– Que nada! Não fiz mais que minha obrigação de irmã. Também  te amo! Mas agora tenho que ir.  – Despediu e saiu.
– Gente, vou assinar uns papéis na recepção. – Anunciou papai. – Vocês me esperam aqui?
– Humhum! – Confirmamos, sentando num banco do corredor e ele saiu.
– Mãe, aquela não é a Rose, a mãe da Clarinha? – Falei amostrando a mulher.
– É sim! – Confirmou. – Ela parece abatida. – Comentou.
– É verdade! – Consenti. – Ela tá vindo em nossa direção. – Avisei enquanto ela se aproximava.
– Oi Lua! – Falou tossindo.
– Oi Rose! Cê tá bem?! – Perguntou, sabendo que a resposta seria: “Não!”
– Pra ser sincera, não! – Sentou-se ao nosso lado. – Eu estou muito doente, acho que vou ficar internada.
– O que você tem?
– Não sei. Já fiz vários exames e nada. Meu quadro só piora.  – Tossiu.
– E a Clarinha?!
– Tá na casa da minha mãe. Não tem quem fique com ela. Tive que parar seu tratamento e ela foi para o interior de São Paulo hoje.
– Ela não podia ter parado o tratamento! – Mamãe observou.
– Eu sei, mas não tinha outra solução. Não tenho como fazer nada, não dá pra minha mãe vir para cá e eu nem me dou bem com ela. A Clarinha só tá lá por que não tinha outra opção.
– Você podia ter falado comigo.
– Não Lua, você já é muito ocupada!
– Imagina. Eu conheço aquela pimpolha desde que abriu os olhos. Sou quase uma segunda mãe. Era para ter me avisado. Pode contar comigo. Que qualquer coisa eu to aqui! Só é me ligar. Mais tarde venho te ver. – Mamãe pegou sua mão.
– Não precisa se incomodar.
– Precisa sim, mas agora tenho que ir. O Arthur tá me chamando.
– Ok Lua! Obrigada por tudo! – Falou acenando.
– Xau Rose. – Acenei.
– Xau Princesa! – Deu um sorriso torto.

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