segunda-feira, 23 de setembro de 2013

48º Capítulo - "O Nosso Destino Estava Traçado!" - Segunda Temporada (2ª Parte)

          Chegamos ao hospital e não demorou muito para que meu nome fosse chamado. Quando isso aconteceu, Arthur entrou na sala comigo, como sempre fazia. A doutora nos deu um sorriso caloroso e nós retribuímos.
          Deitei sobre a cama e levantei o vestido até debaixo dos seios. Ela começou a fazer perguntas típicas da consulta – Já estávamos acostumados com aquilo –. Em seguida ela passou o gel sobre minha barriga e deslizou o aparelho para ultrassonografia sobre ele.
            Eu estava torcendo para que o sexo aparecesse logo de cara. Eu precisei fazer várias ultras até descobrir o sexo do bebê quando estava grávida de Emme.
 – Vamos ver se vai dar pra ver tudo direitinho. Aqui está a cabecinha. – A doutora nos mostrou, apontando para o monitor.
            Apesar de sermos médicos, Arthur e eu não erámos especializados nessa área e o que eu entendia sobre ver ultrassons era bem pouco.
– Vejamos... Aqui! – A doutora exclamou. Parecia mais empolgada que eu e Arthur. – Parabéns, papais! Daqui cinco meses vocês poderão pegar o seu garotinho nos brações.
            PRONTO! Era exatamente aquilo que precisávamos e queríamos ouvir.
            Eu encarei o monitor e olhei para Arthur que segurou minha mão, apertando-a levemente e a ergueu depositando um beijo misturado com um sorriso de “Eu sabia!”
– Apesar de todos aqueles sustos o nosso garotão tá saudável, não é? – Arthur perguntou entre sorrisos e lágrimas de emoção.
– Está sim. Melhor, impossível! – A doutora riu. – Mas cuidado! Nada de esforços exagerados, nada de pegar peso, nada de comer coisas gordurosas ou doces de mais.
– Pode deixar! Eu sei me cuidar. – Respondi.
– Se ela passar dos limites pode deixar que eu puxo a orelha dela pela senhora.
– Ok!
            Depois que a consulta terminou, finalmente podíamos voltar para casa.
– Eu falei, desde o início, que seria um menino. Nosso garotão. – Falou enquanto andávamos até o carro.
– Amor, você compra sorvete pra mim ali?
– Primeiro desejo do nosso garotão? – Falou extremamente feliz. Acho que era possível perceber nossa felicidade a quilômetros de distância.
– Não sei, acho que não. – Arqueei uma das sobrancelhas, rindo. – Não tive essas coisas na gravidez da Emme. É desejo meu mesmo.
– Tá! Sendo do Miguel, ou não, seu desejo é uma ordem.
– Do Miguel?
– É! – Riu sem graça devido ao meu espanto. – Eu gosto desse nome. Seria o meu. Meu pai que escolheu, mas minha mão preferiu “Arthur”.
– Viu Miguel? O vovô tinha bom gosto. – Falei, olhando para minha barriga, imitando voz de criancinha. Era sempre assim!
– Sério?! Você concorda em colocar “Miguel”?
– Porque não? Miguel é um nome lindo... Nome de anjinho.
– Pronto! Felicidade dobrada. Sabia que Miguel significa: “Aquele parecido com Deus?”.
– Não! – Fiz careta e ele riu.
– Já te disse que te amo?
– Já sim, mas pode repetir.
– EU. TE. AMO.
– Viu Migelzinho? O papai também te ama muito e tenho certeza que o vovô deve tá bem feliz onde ele estiver.
– Eu sei disso. Eu sinto isso. – Arthur me encheu de selinhos.

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