46º Capítulo - "O Nosso Destino Estava Traçado!" - Segunda Temporada

46º Capítulo – Emme

            Mais uma semana se passara e graças a Deus tava tudo bem com o casal SoMic. Estávamos almoçando. Papai, mamãe, Clarinha e eu.

– Emme, eu falei com a Ju sobre a volta às aulas.

– Sim.

– Aí ela me convenceu e acho melhor colocar você e a Cla na mesma escola. O que você acha?

– Perfeito. – Sorri. – Por mim, tudo bem. Assim, terrei alguém pra vigiar a porta da sala pra que Bruno e eu possamos namorar. – Comemorei, brincando e percebi que nem todos gostaram do meu comentário, ou seja, papai não gostou do que ouviu. – Você me ajuda né, maninha?! – Perguntei e ela bateu na minha mão.

– Ajudo, sim!

            Papai continuava a nos observar mas não liguei.

– Mas mãe, lá não tem turmas menores.

– Não tinha... – Corrigiu. – A Ju me falou que o Roberto decidiu ampliar o terreno e agora tem um prédio só pra turmas menores.

– É, né! Tava no tempo de evoluir, ou será que é o fim do mundo que tá perto?! – Falei e todos riram.

– Parece que as suas aulas vão começar antes das da Clara porque não é todo mundo que sabe que vão abrir turmas mais novas, então ele vai avisar.

– Melhor assim, porque aí eu vejo como vai está tudo e mostro o resto da escola pra ela. Vai ser legal!

– O Luquinhas vai estudar lá?

– Não sei, maninha. – Fiz careta.

– Ia ser legal se ele estudasse lá. Ele seria da minha turma e aí eu teria alguém conhecido pra brincar.

– Eu sei, mas ele não mora aqui. Ele só veio passar uma semana de férias. – Expliquei. – É, mas, olha como são as coisas: Enquanto você quer que ele esteja com você, eu torço pra que a Valéria esteja bem longe de mim.” Queria que ela sumisse, sumisse do mapa. Viajasse pra Plutão. – Falei, fechando o punho por causa da raiva que sentia só de ouvir o nome dela.

– Ainda essa menina: v Papai finalmente falou.

– É! Aquela cobra. Naja filha da mãe.

– Emme?! – Mamãe repreendeu a forma como falei.

– Desculpa! Saiu sem querer.

            Ela não gostava que disséssemos palavras não politicamente corretas. Na verdade, nem eu gostava mas ela tava certa só que a raiva falou mais alto.

– É a raiva que eu tenho dela, que faz isso comigo. – Tentei justificar.

– É, né! Mas vamos evitar esse tipo de palavreado e as brigas na escola. – Papai recomendou “barra” avisou.

– Pode deixar, mas se ela provoca, tô nem aí. – Dei de ombros. – E porto pra cima.

– Eu nunca te vi assim. – Clarinha falou. – Mas a gente tem que saber rodar a baiana quando for preciso.

– Verdade, Clarinha. Por isso que eu gosto de você. – Abracei-a, rindo.

– Isso ainda vai dar pano pras mangas. – Papai resmungou.

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