Cheguei
do trabalho no horário previso: Depois da meia noite e claro, fui dormir. Eu
estava muito cansado e teria que acordar
às oito pra pegar a Sophia na casa da Lua. Tá, eu tava curioso pra saber o que
aconteceu. “O que será que era tão importante assim?!
Enfim, quando o sol realmente tocou o céu,
fazendo com que a luz invadisse, sem permissão, o quarto e o despertador
finalmente tocou, às oito da manhã, acordei-me, tomei banho e às nove emponto
cheguei na casa da Lua.
– Oi Luinha!
– Oi Mica! Cê tá bem?
– Tô, né! Mas e esse garotão? Como é que tá? –
Perguntei, passando a mão sobre sua barriga.
– Bem, apesar de todos os sustos! – Respondeu
rindo. – Olha: “A Sô tá no sofá.” Ela tá com dor de cabeça mas, eu vou deixar
vocês a sós pra conversarem. Pega leve, tá?!
– Pode deixar, dona Lua! Mas você sabe o que ela
quer?!
– Não... Quer dizer, até sei, mas prefiro que ela
te conte. Mas, ela tá com muita dor de cabeça. Pega leve! Lembre-se que você me
prometeu que não a faria sofrer. – Ela me encarou, olhado dentro dos meus
olhos. – Enfim, qualquer coisa tô na cozinha. – Informou-me e saiu.
Caminhei
em direção ao sofá onde Sophia estava. Eu a olhei e ela me encarou. O clima
tava meio tenso.
– Precisamos conversar. – Dissemos em uníssono,
olhando um nos olhos do outro.
– Sophia, eu não sei o que você quer me dizer, mas
sei, ou pelo menos acho que sei, que você espera que eu diga algo. – Falei, não
esperado resposta ou algum comentário. – E eu vou falar... – Respirei fundo. –
A
verdade é que... que... Que eu errei. Eu estou errando mais uma vez, só que,
você é minha branquinha e é por isso que eu tenho ciúmes. Porque você é MINHA,
só MINHA! – Quase soletrei e ela deu um riso torto. – Branquinha, me perdoa! Eu
juro que não fiz por querer. O problema é esse meu medo! Medo de te perder. E
por ser impulsivo, isso só piora. Você me perdoa? – Perguntei, chegando mais
perto dela. – Eu prometo tentar me controlar! Me perdoa?
– Own, meu lindo! – Ela acariciou meu rosto. –
Pedindo assim, como que eu vou dizer “Não!”? – Ela se aproximou. – Claro que ue
te perdoo mas, eu tenho que ter uma conversa séria. O assunto é muito sério e a
gente tem muito a ver com isso.
– Você tá me deixando preocupado.
– O que você disser depois da notícia, vai ser
definitivo para nós. Pra nós três!
– Nós três? Quem mais tá envolvido nessa história?!
Eu não acredito que o Thiago tá envolvido também?! Sempre el...
– NÃO MICAEL! – Gritou. – EU TÔ GRÁVIDA!
– Sério? – Fiquei boquiaberto.
– Sério! E eu quero saber o que você tem a me
dizer.
– O que você acha? – Perguntei, ríspido.
– Não sei, me diz. – Ela falou firme e eu entendi o
quanto aquilo realmente era decisivo para nosso futuro. Eu fiz uma pausa antes
de responder e prossegui.
– Eu quero que seja menina, nossa princesinha. –
Alisei sua barriga. – Linda igual a mãe!
– Sério, amor?! – Ela me deu um selinho. – E eu
achando que você ia fazer um carnaval. Ufa!
– De jeito nenhum. Não tem motivo nenhum. Eu confio
em você e sei que você é fiel a mim. – Ele chegou bem mais perto, dando-me um
beijo calmo e apaixonado. Beijo de quem estava com saudades e não se via a
milhares de anos.
– Pelo visto, os pombinhos se acertaram. – Arthur
interrompeu nosso beijo, entrando na sala.
– Com certeza! Eu amo minha branquinha e depois
dessa notícia... Não tem como ‘não’!
– É, senhor Micael, prepare-se. Os enjoos são só o
começo.
– Eu sei. – Fez careta.
#Comentem
Nenhum comentário:
Postar um comentário