42º
Capítulo – Narrado por Lua Blanco
Fomos
pro meu quarto para que Sophia lavasse o rosto e tentasse se acalmar. Acho que
só nesse tempo, passamos mais de meia hora. Depois, descemos para almoçar.
– Até que em fim. Achava que não iam descer. –
Arthur comenta.
– É, eu já tava preocupada. – Emme exagera. – ô
mãe, que problema foi esse?
– Coisas da Sophia. Ou melhor, coisas de casal.
– É, Emme, minha querida, espera você crescer mais
um pouquinho. – Sophia completou.
– Imagino o que seja. – Arthur falou fazendo careta.
– Gente, além de eu não tá entendendo nada que
vocês tão falando, tô com fome. – Clarinha resmungou.
– Lá vem! Dramática! – Emme falou dando língua pra
ela.
– Isso lembra nossa infância, né, Sô?
– É! – Ela riu. – Mas não era eu quem vivia com
fome. – Falou e eu dei língua. – Chaata!
– Insurpotááável! – Falei fazendo careta.
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Nos
sentamos à mesa e almoçamos, depois do almoço Arthur teve que sair para
resolver coisas no trabalho e eu, que estava de licença por alguns dias devido
aos problemas no segundo mês de gestação, estava em casa tentando convencer
Sophia a ligar pro Micael.
– Sô, aproveita que as meninas tão lá em cima e
liga pro Mica pra perguntar de que horas ele vai chegar.
– Aff’s! –
Resmungou. – Mas eu quero fazer o teste, primeiro. É melhor ter certeza.
– Verdade! Vou lá em cima, pegar.
Subi
as escadas pra pegar o teste e com dois minutos, cheguei na sala e o entreguei
à Sophia.
– Toma!
– É... Nunca pensei que isso fosso acontecer
comigo.
– É, a gente nunca pensa. Eu sei como é. – Falei
rindo.
– Vou lá! – Respirou fundo e saiu em direção ao
banheiro do quarto de hospedes. Sentei-me no sofá e esperei. Tava torcendo pra
que desse positivo. Tinha certeza que isso seria bom pra todos nós.
Esperei que Sophia saísse do banheiro, coisa
que só aconteceu meia hora depois.
– Não sabia que um teste de farmácia demorava tanto
pra dar um resultado. No máximo dez minutos, mas você já foi demais! –
Resmunguei, reclamando da demora de Sophia. – Qual foi? Qual foi o resultado?
– P-O-S-I-T-I-V-O-! – Ela soletrou e eu ri a
abraçando.
– Sabia!
– Agora sim, tenho que falar com o Micael.
– Vamo!
– Mas meu celular descarregou, me empresta o seu?!
– Tá! – Entreguei a ela.
– Assim que chamar, põem no viva-voz.
– Tá! – Concordou, pondo o celular perto do ouvido.
– Pronto!
Início da Ligação
– Fala loirinha do cabelo enrolado. – Atendeu e eu
ri baixo.
– Não Mica, aqui é a Sophia.
– Ah! – Ele mudou a voz. Realmente, deveria tá com muita raiva. – Oi Sophia!
– Micael, que horas você vai chegar em casa, hoje?
– Tarde. – Ele foi ríspido.
– Ok! Eu preciso ter um papo sério com você.
– Sobre?!
– Futuro do nosso relacionamento. Então, quando
você largar, liga pra mim.
– Pode deixar, Dona Sophia! – Falou com ironia e
raiva e ela desligou.
Fim da Ligação
– Viu, Lua? – Perguntou com os olhinhos embaçados
de lágrimas. – Eu não mereço isso. Isso não é justo.
Eu
não falei nada, só a abracei e senti que suas lágrimas molhavam meu ombro.
– Sô, se você quiser, pode dormir aqui em casa. O
quarto de hospedes tá live e a Clarinha dorme com a Emme na bicam.
– Você realmente não existe. – Ela saiu do abraço. –
Ô Lu, você me empresta uma roupa? Eu quero tomar banho pra ver se assim eu
relaxo.
– Vai lá no quarto. Pode pegar qualquer uma.
– Tá bom! – Respirou fundo, levantado-se do sofá e
subiu as escadas em direção ao meu quarto. Liguei a TV e enfiei a cabeça nas
almofadas.
– Ô mãe. – Emme entrou na sala. – Porque a tia Sô
tá assim? Ela passou por mim com o olhar triste.
– Problemas com o Micael.
– Já sei: “Ciúmes!”
– Hum hum. E ela também tá grávida.
– SÉRIO?
– É, ela fez o teste aqui e deu positivo.
– Mais um motivo pra ela se acertar com ele e
vice-versa.
– Pois é, mas ela tá estressada e eu sugeri que ela
dormisse aqui, hoje. Ele vai chegar tarde e aqui ela tem a gente.
– Verdade! Mas eu acho que ele vai gostar desse
notícia.
– Foi isso que eu falei, mas ela disse que tem medo
que ele chegue a pensar que isso é invenção pra segurar o relacionamento, ou
que o bebê não seja filho dele.
– Mas a segunda hipótese não existe, né?
– Não...
– Ah, sim!
– Quer dizer, acho que não, pelo que eu sei, não!
Se tivesse ela teria falado.
– Meu Deus! Mas o tio Mica tabém... Ele devia saber
que a ia Sô tem direito de tem AMIGOS, também.
– Verdade! Mas ele tem que ter cuidado porque ciúme
acaba o relacionamento, sabia?
– Mais ou menos. Nunca passei por isso.
– Tudo fica mais desgastado! O exagero é ruim!
– Nem
queira. Tudo fica mais desgastado! O exagero é ruim! Ainda bem que seu pai
parou com as coisas dele.
– É! – Ela rolou os olhos. – Por falar nele, ele
vem pro jantar?
– Acho que sim, mas vou mandar uma mensagem já que
eu não sei se ele pode atender.
SMS Lua>>Arthur
“Amor, você vem jantar em casa? Me liga quando
puder.”
– Pronto, mandei!
– Espero que a tia Sô se acerte com o tio Mica.
– Eu também. – Falei e meu celular vibrou. – Ele
respondeu.
SMS Arthur>>Lua
“Oi minha linda! Tô terminando uma reunião, aqui,
sobre as queimaduras de um paciente. Quado tiver chegando, aviso.
#VamoComerPizza?!”
Quando
lia mensagem, comecei a rir.
– O que foi, mãe?
– Seu pai! Ai, ai. Quando tiver chegando, vai
avisar. Ele quer pizza.
– Só ele. – Emme riu.
#Comentem
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