Ao descer as escadas e me deparar com o Arthur com a Emme
no colo, senti algo no coração, não sei explicar o quê, mas era uma coisa boa,
devia ser coisa de amigo. Ignorei!
– Oi Arthur.
– Oi Lua. – Falou,
olhando para mim e colocando Emme no chão. – Você está linda!
– Obrigada.
– Ela é linda! – Disse
Emme me abraçado.
Olhei para Emme e ela olhou nos meus olhos fazendo que sim
com a cabeça.
– Tudo bem! – Respondi.
– Podemos tomar sorvete? –
Perguntou Emme sorrindo.
– Emme! – Falei tentando
repreendê-la.
– Desculpe mamãe!
– Não foi nada. É claro
que podemos tomar sorvete.
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Depois de passar a tarde com o Arthur, preparei o jantar
e fui esperar o Pedro chegar. As 20:00 h ele me liga dizendo que tava num engarrafamento
e iria demorar, então fui assistir um filme com a Emme e depois de uma hora ela
diz:
– Mamãe, eu gostei da
tarde com o Tio Arthur.
Enquanto isso a porta se abriu atrás de mim e falou:
– Então, quer dizer que
vocês passaram a tarde com o Tio Arthur?
Eu olhei para Emme e ela retribuiu o olhar. Esse jeito
ciumento do Pedro, as vezes, me incomodava.
– É Pedro, ele disse que
queria sair e nos chamou, já que não tinha o que fazer durante a tarde, e eu
aceitei. – O confrontei com muita raiva.
– É, MAS NEM PRA ME
AVISAR?! – Ele começou a alterar a voz.
– MAS, A GENTE SÓ FOI
TOMAR SORVETE NA PRAÇA E VOLTAMOS PARA CASA. – Alterei minha voz, que ficou no
mesmo tom da dele.
– ACHO BOM QUE SÓ TENHA
SIDO ISSO!
– O que mais aconteceria
papai?! – Indagou Emme, sem entender o comentário.
– Nada minha filha, nada.
– Ele abaixou o tom da voz e saiu em direção ao nosso quarto.
Ele subiu as escadas batendo os pés com muita raiva.
Quando fui dormir, ele já havia deitado e a Emme me chamou.
– Mãe, mãe... O que o
papai quis dizer com “ACHO BOM QUE SÓ TENHA SIDO ISSO?”
– Coisas de adulto, minha
filha. Um dia você vai entender
Nesse momento começou a chover forte e trovejar, Emme
ficou com medo e tive que ficar com ela e esperar que pegasse no sono.
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No meio da madrugada, eu não estava conseguindo dormir
direito e não parava de me mexer. Pedro se acordou e olhou para mim.
– Precisamos conversar. –
Tentei não revirar os olhos. – Me desculpe, coisa linda. As vezes eu não
consigo controlar meus ataques de ciúmes... Mas você sabe que é muito linda e
com certeza, atrai muitos olhares e isso me deixa com a pulga atrás da orelha.
– Tudo bem. Eu também
errei, era para eu ter te avisado.
– Não exatamente... Eu
sou seu marido, não seu pai... Você me perdoa? – Fiquei calada.
Ele começou a acariciar meu rosto e depois contornou
minha boca com a ponta dos dedos.
– Você é tão linda! –
Falou, se aproximando de mim.
Senti um arrepio bom e cheguei mais perto dele, fechando
os olhos e então nos beijamos.
De repente.
– Mamãe, mamãe! – Emme
entrou gritando quarto a dentro.
– Oi meu amor! – Empurrei
Pedro. – O que foi? – Paramos de nos beijar, espantados com tanta gritaria.
– Eu sonhei que a gente,
que a gente... – Falava quase sem ar. – Que a gente morria num acidente de
carro. – Olhei para Pedro.
– Vem aqui minha linda! –
Chamei, batendo no travesseiro entre eu e Pedro e ela obedeceu.
– Eu quero que saiba que
nós sempre estaremos juntos. Foi só um pesadelo. Não vai acontecer de novo.
– Promete?
– Prometo. – Fizemos o
nosso juramento “secreto” com as mãos e ela riu. Virou-se para Pedro e deu-lhe
um beijo.
– Te amo papai!
– Te amo minha linda ! – Falou retribuindo o
beijo e virando para mim.
– Te amo mamãe!
– Também te amo, minha flor! – Beijei-a e comecei a
acariciar seus cabelos até que pegasse no sono. E a vi abraçar seu ursinho.
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