Quando
voltamos para casa, fui tentando explicar, mais uma vez, ao Pedro a história
pela segunda vez e a Emme interrompeu.
– Mãe, aquela que tava
com ele é namorada dele?
– Não sei filha, eu nem o
conheço.
– Mas ele é bonito, não
é?! Não tão bonito quanto o papai, mas é. – Não respondi. Acenei com a cabeça e
dei um sorriso sem graça e a Emme entendeu que era pra ficar de bico calado. Eu
e ela tínhamos o poder de nos comunicar pelos olhares, mesmo tão nova ela me
compreendia.
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Depois que chegamos em casa, fui dar banho na Emme para
colocá-la para dormir enquanto Pedro também se trocava no nosso quarto, a Emme,
sempre carinhosa, alisou me rosto e disse:
– Mamãe, a senhora não
ficou com raiva de mim, né!?
– Eu?! Com raiva de você?
Não. Por que essa pergunta minha princesinha? – Falei, acariciando o contorno
daquele rostinho.
– Por ter falado que o
Arthur era bonito?
– Não minha princesinha,
só não queria que seu pai ficasse com raiva.
– Tá bom então. Mas você
me desculpa por ter falado mais do que devia?
Sabia que Emme não ia dormir enquanto dissesse que sim.
– Desculpo sim minha
linda, agora dorme porque eu já falei com a Sophia e amanhã eu vou naquele
hospital procurar um novo emprego e você vai ficar lá. – Falei enquanto puxava
as cobertas.
– Ebá!!! – Emme comemorou
e eu sorri dando-lhe um beijo em seu rosto e dando boa noite.
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No dia seguinte, me acordei às sete da manhã com um beijo
doce no rosto e lá estava a Emme com o cabelo todo assanhado e seu ursinho na
mão.
– Bom dia minha mamãe
favorita!
– Bom dia princesinha,
você já acordou? Tá muito cedo? – Perguntei sem a mínima coragem de levantar.
– Já, agorinha. E o papai
já saiu? Por que ele não tá em nenhum lugar da casa.
– É, hoje ele iria sair mais cedo
que o normal.
– Você vai me levar pra casa da Tia Sophia,
não é?! – Perguntou, subindo na cama pelo outro lado vazio.
– Vou sim, só estou sem
coragem de levantar. – Falei alisando seu rosto e ela sorria.
– Vamos logo, vamos logo!
Não quero me atrasar.
– Ok, vai lá no banheiro
que eu já vou.
Enquanto minha
pequenina corria até o banheiro do seu quarto, fui escovar os dentes e lavar o
rosto na minha suíte.
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Depois que terminamos de nos ajeitar, tomamos café e eu a
levei à casa da Sô para então ir à minha entrevista.
Chegando no hospital, falei com uma secretaria e ela me
mandou até uma sala que passava por um enorme corredor. Quando cheguei no
imenso corredor, pedi informação a um homem moreno, alto, que usava uma bata e
estava com um estetoscópio pendurado no pescoço.
– Com licença, eu sou Lua
Blanco e gostaria de saber onde fica a sala do Dr. Ricardo. Pode me informar?
– Ah, oi. Eu sou Micael
Borges. Prazer! – Falou me cumprimentando. – Fica logo ali.
– Ok, muito obrigada!
– Não tem de quê!
Entrei na sala e entreguei meu currículo a um homem que só
podia ser o Dr. Ricardo. Ele leu tudo com atenção, olhou para mim e prosseguiu.
– Parabéns pelo currículo.
Precisamos de pessoas como você, esta contratada. – Falou o Doutor, apertando
minha mão.
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