Depois de levar um susto no estacionamento do meu novo
trabalho, com um homem gritando desesperadamente meu nome, tinha que passar na
casa da Sô para pegar a Emme.
A Sô sempre me deixava com a cópia da chave de sua casa,
então entrei e chamei por ela. Emme desceu as escadas correndo para me abraçar
e a Sophia veio logo em seguida.
– Oi minha princesa! –
Falei, pegando-a no braço.
– Oi Lua! – Falou Sophia
se jogando no sofá.
– O que foi?! A Emme
brincou tanto assim?
– Não. Só tentei
ensiná-la a pular corda, brincamos de pique pega correndo a casa toda e ainda
brincamos de pega pegou.
– A tá, então tá
explicado o porquê dela está toda descabelada e você está tão cansada.
–Tudo bem, eu gosto mesmo
é dessa farra.
– Então tá. – Dei de
ombros.
– Mas me conta... Quem é
esse Arthur que a Emme falou, hein?
Na mesma hora, eu olhei para Emme e ela entendeu.
– Eu não fiz por querer,
mamãe! Eu sei que você confia na Tia Sô e conta tudo pra ela.
– Tá bem. Não foi nada. –
Olhei para Sophia.
– Já sei Emme, vai lá em
cima guardar os brinquedos que eu vou conversar com sua mãe. – Sophia
completou.
– Tá bom. – Emme subiu as
escadas até o quarto de brinquedos que a Sophia mandara fazer só para ela.
Então Sophia começou.
– Você, senhora Blanco,
poderia me informar quem é esse Arthur?
– Até posso, mas não sei
bem quem ele é, mas por falar nele, hoje mais cedo quando fui lá no hospital...
– Sim. Prossiga.
–Depois que eu falei com
o Dr. Ricardo e ele me contratou, estava no estacionamento e ele chegou por
trás de mim, gritando meu nome. Eu não sabia que era ele, mas me espantei
quando o vi. Ele me cumprimentou e perguntou se eu iria trabalhar lá. Ele até
mandou um beijo para Emme.
– Uau! A Emme falou que
ele é bonito.
– E é!
– Então você confessa?
– Confessar?! Confessar o
quê?
– Que se encantou com
ele!
– Eu? Eu não. Sô, ele é
muito cavalheiro sim, mas eu sou CASADA.
– Ah, é. É que às vezes
eu esqueço.
– Pois não deveria.
Nesse momento o telefone toca.
– Pois é, você esquece,
mas ele, não! – Falei, pegando meu celular, onde estava escrito: “Amor!”
– Fazer o quê!? – Sophia
deu de ombros.
Início da ligação
– Oi Amor! – Atendi.
– Oi minha linda! –Respondeu.
– Onde você tá, eu liguei lá pra casa e ninguém atendeu.
– Ah, tô na casa da Sô.
Deixei a Emme aqui e fui no hospital.
– E ai, o que aquele tal
Doutor falou?
– Ele disse que meu
currículo era ótimo e que podia começar na segunda que vem, no mesmo dia que a
Emme vai à escola.
– Que legal! Você vai
ficar ai por quanto tempo?
– Não sei. Cheguei a
pouco.
– Então eu passo ai
depois do almoço para pegar vocês.
– Tá bom. Pode ser! –
Falei desligando o celular.
Fim da ligação
– O Pedro é sempre tão
carinhoso com você, as vezes parece que vocês foram feitos um para o outro. Mas
um dia eu também vou encontrar o meu príncipe. – Enquanto ela falava, sorri
imaginando o quanto ele me fazia bem. E Sophia interrompeu meus pensamentos
avisando que iria chamar a Emme e ordenando que eu fosse arrumar a mesa para o
almoço.
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Durante a semana, tudo ocorreu bem, até que chegou a
segunda de manhã, meu primeiro dia no
novo trabalho e o primeiro dia de aula da Emme na nova escola.
As seis da manhã a Emme me chamou sem nem esperar o
despertador tocar.
– Mãe, acorda! Hoje é meu
primeiro dia de aula e o seu no novo trabalho.
– Sim filha. Bom dia pra
você também.
– Bom Dia! Vamos logo!
Pedro se acorda.
– O que é isso!?
– É a sua filha aqui.
– Bom dia papai! – Emme arrodeou
a cama para falar com seu pai.
– Bom dia minha princesa!
– Disse, beijando seu rosto.
– Temos que tomar banho.
Me levantei para ajeitar a Emme e me arrumar para ir ao
trabalho. Na mesa do café a Emme começou a falar.
– Mamãe, quem vai me
pegar a escola?
– Seu pai, querida.
– É Emme, você me espera
e quando sua mãe largar, ela vem para casa.
Terminamos o café e saímos. Pedro foi ao escritório e eu
levei minha princesa para seu primeiro dia de aula.
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