23º
Capítulo – Narrado por Lua Blanco
Enfim
o casal BruEm havia se acertado... Hoje era o sábado tão esperado por eles...
Hoje era o dia do “Baile” que a Emme tanto queria ir... Vocês devem está se
perguntando o que aconteceu nesse baile de máscaras, certo?! Pois bem, eu vou contar com direito a todos
os detalhes... Resumindo, como foi o baile?! A resposta certa seria: “– Não
foi!” É, não foi! Lembram daquela história que “Nem tudo que você quer
acontece do que jeito que você planejou.”?! Foi isso que aconteceu... Eu
não sei o porque, isso só podia ser coisa do destino... Sério! Sempre na época
desse baile, minha princesinha tinha que adoecer!!! Foi assim:
Início do Flash Back
Arthur
e eu já tínhamos acordado, mas Emme nem deu sinal de vida. Depois que eu tomei
café da manhã com meu Mômô, subi até seu quarto mais animada que tudo. Eu sabia
que aquilo era importante pra ela.
Abri
a porta do quarto devagar e ela virou-se abrindo os olhos lentamente.
– Princesa, hoje é dia de baile. Não vai levantar?
– Não, mãe! Tudo, menos isso.
– Como assim?! E o Bruno?!
– Mãe, eu não tô bem. – Falou com uma voz dengosa e eu me aproximei
da cama ajoelhando-me a sua frente.
– Como assim, meu amor?
– Tô indisposta, hoje! – Falou e soltou um espirro.
– Eu sabia que o banho de chuva que você tomos
ontem não ia fazer bem.
O
dia anterior, tínhamos ido à uma casa que Arthur alugou em Búzios. Na tardinha,
Emme saiu com Bruno pra dar uma voltinha na praia e o tempo fechou.
Eles
caminhavam na areia de mãos dadas, deixando que a areia acolhesse suas pegadas
e deixando que o mar fosse testemunha do amor dos dois. Entre sorrisos,
abraços, beijos e declarações de tirar o fôlego, a chuva decidiu abençoar
aquela cena e gotículas de água começaram a cair lentamente, porém, essa
gotículas logo se tornaram grandes, fortes e rápidas gotas, fazendo com que os
pombinhos interrompessem o beijo caloroso e corressem até uma cobertura perto
de um píer, em vão.
Os
dois ficaram ensopados mas chegaram em casa morrendo de rir da situação.
– Gente, o que aconteceu com vocês? – Perguntei ao
abrir a porta.
– A chuva! – Falaram rindo.
– Vocês parecem crianças. – Arthur observou.
– É, e eu sou obrigada a dizer que, do jeito que eu
te conheço mocinha, você vai gripar.
– Tô indo me trocar... Já entendemos o recado! Vem,
Bruno! – O puxou correndo pela casa.
– Essa minha filha... – Arthur suspirou.
Enfim,
voltando ao quarto e a história do Baile de Máscaras...
Emme
começou a tossir e pronto, sua temperatura começou a aumentar.
– Princesa, vai pro banho que eu vou trazer um
remédio pra gripe e febre.
– Traz mel e limão. – Pediu com um sorriso amarelo.
– Desci, peguei os remédios e liguei pra Bruno.
Início da Ligação
– Alô?
– Oi Lua! Cadê meu anjinho?
– É sobre ele que eu quero falar.
– O que aconteceu?
– Bruno, ela acordou bem mal.
– Foi a chuva de ontem, né?!
– Foi sim... Acho que ela não vai pro baile.
– Eu entendo, Lua! Mas eu tenho uma ideia.
– Segundo plano?
– Sempre, né?! Chego aí a tarde... Ontem choveu mas
hoje o dia tá lindo, espero que tudo dê certo! – Falou rindo.
– Então tá! Vou lá no quarto dela, agora.
– Ok! Obrigado por avisar. Manda um beijo pra ela.
– Tá! – Ri.
Fim da Ligação
Subi
de novo e Emme estava na cama com um lencinho, enxugando o nariz.
– Toma aqui! – Dei o xarope de mel e limão à ela. –
Olha, o Bruno vem aqui a tarde... Ele disse que não precisa se preocupar, ele
tem um segundo plano!
– Segundo Plano?! Ai, ai... Só ele! E é por isso
que eu amo tanto aquele príncipe.
– Ownt! Ele te mandou um beijo. – Passei o recado e
Emme fechou os olhos devagar. – Emme?! – Chamei-a.
– Hã! – Falou com os olhos ainda fechados.
– Cê tá bem?!
– Tô!
– Porque você fechou os olhos?
– Tô lembrando do beijo do Bê... Ele não me mandou
um?! Então!
– Boba! – Sorri.
– Apaixonada! – Retrucou.
As
horas se passaram... A sua febre já havia desaparecido mas ela ainda espirrava
e estava com a garganta inflamada. Bruno chegou às 15:00h e eu abri a porta.
– Tá pronta, princesa? – Perguntou a Emme.
– Pronta pra quê? – Respondeu com outra pergunta,
sem entender.
– Vem que você descobre. – Segurou sua mão.
– Posso, mãe?
– Deve! – Respondi
dando-lhe um casaco; Ela estava melhor, mas não curada.
Os
pombinhos saíram de casa e entraram um táxi, Emme ainda não entedia nada.
– Bê, eu sei que você tem um plano “B” mas pra ode
a gente vai?
– Só posso te dizer uma coisa: “Você tem o direito
de permanecer calada até segunda ordem.”
– Tá! – Fez careta e ele riu da expressão da
namorada.
– Te amo! – A abraçou e ela apoiou a cabeça em seu
ombro.
– Eu sei, príncipe! Eu também!
– Eu também, o quê?! Você também se ama?
– Não, bobo! – A menina riu do drama do namorado. –
Eu te amo!
– Ah, sim... Agora, sim! – Beijou-a.
Nesse
empasse, os pombinhos chegaram no destino final. O lugar era lindo... Tinha
grama verdinha, um lago recheado de pequenos peixinhos... Árvores de todas as
espécies faziam sombras sobre o gramado e era possível ouvir o canto dos
pássaros a quilômetros de distância. *--* Sem falar nas flores que cobriam uma
parte do campo, colorindo aquela paisagem!
– Bem vinda ao paraíso! – Bruno falou, apontando
para o horizonte enquanto Emme saia do carro.
Ela
ficou anestesiada ao ver tanta beleza em um só lugar.
– Onde a gente tá?! Eu nunca vim aqui.
– No paraíso! Eu vim aqui quando a gente brigou por
causa do lance com a Valéria e foi aqui que eu tive a ideia de falar tudo
aquilo mesmo sabendo que você poderia me ignorar com um “dane-se”... – A
menina riu. – E eu também tinha a ideia de te trazer aqui hoje a noite depois
do baile mas já que você adoeceu, era melhor que viéssemos mais cedo, a noite fica
frio e eu não quero que você piore por minha causa.
– Lindo!
– Princesa! – Ele deu um beijo apaixonada na menina
e quando o beijo chegou ao fim, Bruno abriu a porta da frente ao lado do
motorista, tirou a carteira do bolso e deu uma nota a ele, pegando uma cesta de
piquenique. O motorista foi embora e ele voltou-se para namorada.
– Já comeu?
– Nada... – Ela riu. – Só xarope de mel e limão.
– Então vem! – O garoto pegou sua mão e caminhou em
direção ao imenso campo verde.
Bruno
estendeu uma toalha de xadrez, vermelha e branca; sobre a sombra de uma
laranjeira.
– Bruno, com que você conseguiu essa toalha?! – Emme
lhe perguntou fazendo careta.
– Com a minha vó. A vovó Angelina tem essas coisas.
– Ele riu a chamando pra sentar sobre a toalha com ele. – Eu trouxe chocolate
pra você. – Falou, tirando as coisas de dentro da cesta.
– O chocolate da vovó Angelina? – Vovó Angelina era
a Avó de Bruno que a conhecia a um bom tempo por causa de Patty.
– Humhum! – Ele ergueu um pote de vidro e a
entregou uma colher. – Todo seu!
– Não posso comer isso tudo sozinha.
– Tá, eu te ajudo! – Pegou outra colher e abriu o
vidro enfiando-a.
– Sabe o que é melhor que chocolate? – Emme
perguntou e Bruno sorriu.
– Nosso beijo?
– Não, bobo!
– Nosso beijo não é melhor que chocolate?
– É! – Ela riu pelo drama do namorado. – Mas eu não
tô falando disso.
– Tá! Então o quê, além do nosso beijo, é melhor
que chocolate?
– Chocolate com morango!
– Sabia que você ia dizer isso e por isso, eu
também trouxe morango. – Tirou uma caixinha da cesta e mostrou a Emme.
– Agora, fecha os olhos! – Bruno pediu e ela
obedeceu. – Agora, abre a boca! – A menina, ainda sem entender, obedeceu ao
pedido do namorado, seguido de uma careta. Bruno passou o morango no chocolate
pondo-o devagar em sua boca. – Agora morde... – Ela o fez. – Consegue adivinhar
o que é?!
– Claro, né! ChocoRango! – Falou, abrindo os olhos.
– ChocoRango?
– Ah... Foi o nome que Patty e eu demos a mistura
de Chocolate com Morango.
– Só vocês! – Ele riu e passaram um tempo conversando
e rindo até que os dois, que estavam sentados, deixaram que o silêncio tomasse
conta do lugar. Bruno acolheu Emme em seus braços, a abraçando forte e em
seguida, deu um beijo no topo de sua cabeça, pondo-se a falar.
– Tive uma ideia! – A menina ergueu os olhos ao
ouvir tal frase. – Você dança comigo?
– Bruno, aqui não tem música!
– Quem disse?!
– Ninguém! Acho que nem precisa, né!? – Falou,
olhando poros lados.
– Vem?! – Insistiu. – Por favor!
– Tá! – Suspirou.
Ele
levantou e estendeu os braços pra que ela fizesse o mesmo. Bruno segurou sua
mão e eles deram alguns passos. Bruno pôs-se a sua frente apertando de leve sua
cintura. Ela posicionou os braços sobre seus ombros e ele riu quando ela
revirou os olhos por causa da situação. Ele a puxou mais pra perto e ela riu.
– Fecha os olhos! – Pediu e ela o fez deixando que
seus rostos chegassem mais perto. – Ouve a música... – Sussurrou. – A música embalada pelo canto dos
pássaros. Sente a brisa no seu rosto.
Os
dois começaram a dar alguns passos.
– Escuta a brisa balançando as folhas das árvores.
Assim
ele ficaram por alguns, longos, minutos e como se fosse programado, os dois
abriram os olhos, encarando um ao outros...
– Você é linda!
– Você é meu príncipe!
Bruno
chegou mais próximo da namorada e roçou seu nariz no dela.
– Te amo! – Sussurrou e os dois começaram um beijo
calmo, doce, leve, apaixonado... Eles tinham a sintonia total e perfeita.
Quando
o beijo chegou ao fim, Emme encostou sua testa na de Bruno, ainda sentindo sua
respiração ofegante.
– Eu te amo! – Riu.
Os
dois se separam lentamente. Bruno segurou as mãos da namorada e começou a
falar.
– Emme, da outra vez eu te deu um colar. Nosso
colar. E agora eu quero te dar outra coisa. – Falou, soltando uma das mãos da
menina e pondo-a dentro do bolso da calça. – Abre e vê se gosta. – Emme abriu a
caixa felpuda e seus olhos brilharam. – Gostou?
– É linda!
– Mandei fazer pra você! – Ele tira uma pulseirinha
prata com vários pingentes em formato de pingos e corações em um tom de rosa
bebê. – Nela só tem um coração
diferente. – Ele observou, mostrando-o. – Esse é todo prateado e tem as minhas
e as suas iniciais.
BF EB
*** Bruno Félix e Emme Blanco.
Fim do Flash Back
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