21º
Capítulo – Narrado por Lua Blanco
O Bruno estava sentado na grama com um violão
preto e Emme estava a sua frente. Ele começou a cantar uma musica pela qual eu
desconhecia, mas a tradução da letra, dizia: “Por que tudo que você faz e as
palavras que você me diz... você sabe, tudo isso me deixa sem ar e agora eu
estou sem nada...” Eu olhei pra Arthur que nem piscava.
– Você tá entendendo a letra da musica?
– Tô sim... – Ele falou olhando fixamente pro
jardim. – Agora, acho que as minhas dúvidas sobre o amor deles dois, acabou.
Independentemente do motivo da briga
deles, posso ver em seus olhos que ele gosta dela.
– Ainda bem que você viu que tava errado. – Dei um
beijo em sua bochecha. – Mas vamos entrar e assistir o filme. Daqui a pouco ela
entra e nos conta tudo.
- É né?!
Fechamos a janela e sentamos no sofá.
– O que você
faria se fosse com você?
– Sei lá... – Dei de ombros. – Nem sei o que ele
disse pra ela.
– Você tá diferente.
– Não, tenho certeza que ele não disse isso. –
Falei debochada.
– Lua, tô falando sério.
– Eu também. – Dei de ombros.
– Você tá com um brilho nos olhos, sabe?! Eu não
sei explicar.
– Mas eu nem passei maquiagem.
– Você tá debochada demais, hoje. – Falou e eu ri.
– Sabe o que é?! Meus olhos ficam assim quando tô
com você. Você é lindo! – Toquei seu nariz com a ponta do dedo indicador.
– Você é muito mais, pode ter certeza.
– Bobo! – Falei.
– Você é minha bonequinha mandona que não dá o
braço a torcer.
– Tem certeza que sou eu quem não dá o braço a
torcer?
– Tá, tá bom. Mas você é mandona. – Falou e eu ri.
– Aí, aí, você não tem jeito.
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Depois de quase meia hora, eu já não estava
prestando atenção no filme, já estava tarde e eu estava ficando com sono, quase
adormecendo com a cabeça apoiada no colo Arthur, mas vi quando a Emme entrou
bem devagar e olhou pro Arthur.
– Oi Pai! – Ela deu um sorriso sem graça.
– Oi princesa! Conseguiu resolver o problema? –
Arthur perguntou e eu estava de olhos fechados, só ouvia o que falavam.
– Consegui sim! – Respondeu e pelo tom de sua voz
dava pra perceber que seus olhos brilhavam.
– Vai me contar? – Arthur perguntou de forma “Se
não quiser falar, tudo bem!”.
– Pode ser. Mas vou contar um breve resumo. A história
é muito longa.
– Tá, senta aí.
– Ela já dormiu?! – Falou apontando pra mim.
– Tava cansada... Pelo menos ela não vai trabalhar
cedo amanhã.
– Tá, mas enfim... Bruno e eu estávamos brigados
por causa de uma louca lá na escola, mas aí ele veio me pedir desculpas, veio
se declarar e praticamente fez uma serenata... Ele falou de uma forma tão doce,
tão linda... Que não tinha como eu não desculpar.
– Pelo menos vocês conseguiram se acertar. Ainda
bem. E agora, vai pra escola amanhã?
– Vou sim... ele vem me pegar aqui amanhã e nós
vamos pra escola juntos. Você não vai dizer que não vou, né? Porque dá outra
vez...
– Não. Pode ficar tranquila...
– Ainda bem. – Suspirou aliviada. – Mas agora vou
subir e me ajeitar pra dormir. Amanhã acordo cedo. – Emme se levantou e deu um
beijo na bochecha do Arthur. – Boa Noite! Até amanhã!
– Até. Dorme bem e sonha com o bruno. Bons sonhos!
– Pode deixar. – Fez sinal de general e Arthur riu.
– Mãe. – Tocou em mim. – Depois te conto o que
aconteceu... Boa Noite!
– Ok. – Estava sonolenta. – Boa Noite! Dorme bem!
Emme subiu até seu quarto e eu continuei
deitada com a cabeça no colo do Arthur.
– E você, não vai pra cama não, Bela Adormecida? –
Sussurrou em meu ouvido e eu sorri.
– Posso ficar por aqui mesmo? – Falei como criança.
– Pode, mas eu tenho certeza de que a cama lá em
cima é muito mais confortável.
– Tá bom. – Me rendi, levantando devagar.
– E se eu fizer isso. – Ele começou a fazer
cosquinhas em mim.
– Tá bom, tá bom. – Falei sem ar.
– Você que escolhe: Ou isso ou um monte de beijos.
– Prefiro um monte de beijos. – Falei rindo.
– Não. Acho que isso é melhor. – Ele me colocou no
braço.
– Me solta. – Dei-lhe uma tapa de leve. – Não foi
isso que eu escolhi e outra: já faz tempo que a gente se casou.
– Eu sei, mas podemos viver em uma eterna “LUA
DE MEL”. – Ele me levou até o quarto e trancou a porta. – Podemos viver a
vida intensamente, sem nos preocupar com o mundo lá fora.
– É? – Sorri sínica. O sono já havia ido embora.
– Humhum! – Ele retribuiu o sorriso e a noite
continuou.
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