–Vem pra cá Elisa, já já vamos à praia fazer um luau, vou chamar a galera.
–Vou
sim, mas que galera você vai chamar?
–Todo
mundo que tava no jogo e mais alguns amigos.
–Se
Lili for, pode esquecer que eu não vou!
–Pode
ficar tranquila por que se depender de mim ela não passa nem perto.
Assim que deu a hora do luau e já
tava todo mundo pronto. Quando chegamos, todos se sentaram naquela areia
branquinha que só vendo mesmo.
Começamos a cantar várias músicas.
Mauro e Ricardo tinham vozes que se completavam e isso deixava as músicas cada
vez mais bonitas. Quando eu estava voando em meus pensamentos só prestando
atenção no jeito de Mauro cantar e tocar, escutei Clarice pedir que eles
tocassem uma música romântica. Assim que eles começaram a tocar Mauro me encara
com um sorriso nos lábios e nem um pouco preocupado se as pessoas iriam notar
ou não. Nessa hora senti meu rosto corar novamente, mas acho que ele não
percebeu.
Já estava tarde e todos estavam indo
embora, Mauro me pediu pra esperar pois ele queria falar comigo.
–Elisa,
espera deixa todo mundo sair pra eu poder te contar uma coisa.
Logo em seguida chega Clarice.
–Ei
menina! Vamos que já está tarde. –Disse ela.
Depois disso chega Ricardo.
–Clarice,
Clarice, vem cá quero te mostrar um negócio. –Ele saiu puxando ela pela mão
enquanto ela falava:
–Perai,
eu tenho que falar com Elisa.
–Agora
não! –Falou Ricardo pegando pelo braço dela até desaparecer na escuridão da
noite.
E Mauro começa:
–Elisa,
eu não tô contente com o que aconteceu entre a gente.
–E
o que foi que aconteceu entre a gente? –Perguntei fingindo que não lembra do beijo
nem de nada que aconteceu.
–Você
lembra sim, não se faça de tonta.
–Tá
mais como não aconteceu nada eu já vou indo.
Quando me virei para voltar ao hotel
ele puxa meu braço e diz:
–Eu
tô apaixonado por você. Eu nunca, de verdade, nunca senti isso por ninguém!
–Depois disso, não disse mais nada apenas sai correndo.
Cheguei no quarto chorando e Clarice
sem entender pergunta o que aconteceu e eu respondi:
–Não
me pergunta nada só me abraça. –Depois de longos minutos falei:
–Tá
bom. –E enxuguei as lágrimas que não paravam de cair. –Eu acho que fiz a maior
besteira da minha vida.
–É,
só mais uma pra entrar na lista. E quem foi o coitado dessa vez?
–O
Mauro. –Falei num tom mais baixo que o normal.
–O
Mauro!? –Ela se espantou. –Não estava tudo bem com vocês?
–É,
quer dizer não. O problema é que ele se declarou e eu dei uma passa fora nele.
–Opsi!
Isso sim é um grande problema.
–É
eu sei. E o que faço agora?
–Você
tá perguntando a pessoa errada.
–Sabe
o que eu vou fazer? Vou dormir.
–Como?
–É
isso mesmo, eu não vou ficar aqui chorando pelos cantos.
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