18º
Capítulo – Narrado por Lua Blanco
Passei
um tempo rindo com Emme e Arthur desceu as escadas... Estava usando um camisa
pólo e uma bermuda.
– Vou na casa do Chay. – Falou indo em direção a
porta.
– Manda um beijo pra ele. – Emme gritou com ironia
e provocação e ele ignorou.
Depois
que ele fechou a porta e saiu, Emme me olhou e nós começamos a rir.
– Só você pra fazer isso! – Toquei em seu nariz com
o dedo indicador e ela gargalhou alto o suficiente pra o mundo inteiro ouvir.
– Sabe o que é melhor que dar fora e falar com
ironia com que a gente tá com raiva? – Emme perguntou
– SORVETE E BRIGADEIRO!!! – Gritamos na mesma hora
como duas crianças.
~♥~♥~♥~♥~♥~♥~♥~♥~♥~♥~♥~♥~♥~♥~♥~♥~♥~♥~♥~♥~
Já
estávamos sentadas no sofá tentando escolher um filme.
– Mãe, você acha que devo falar e perdoar o Bruno?
– Emme perguntou com a boca cheia de sorvete.
– Não sei, filha. Nunca passei por esse tipo de
coisa. As brigas de casal que eu já tive, nunca foram por esse motivo. –
Respondi. – Deixa ver o que ele faz. – Tentei solucionar.
– Tá, e com que cara eu vou olhar pra ele e pro
resto da escola, amanhã?! – Emme perguntou enfiando uma colher de brigadeiro na
boca e abaixou a cabeça.
– Muito simples: “É só não olhar!”
– Como? – Emme achou que eu tivesse tirando sarro
da cara dela e entrou no jogo. – A senhora quer que eu vá pra escola com um
tampão ou uma venda?!
– Não! – Sorri.
– Só é você não ir à escola amanhã. A gente vai ao shopping e ponto.
– Sabia que você é a melhor mãe do mundo? – Emme
gritou me abraçando.
– Sério?! Interesseira. – Sorri. – Meu eterno Bebê!
– Falei, apertando-a bem forte.
– Assim você me quebra, mãe! – Ela falou e quase
que sua voz não saia.
– Tá bom. – Falei, soltando-a.
– Mas como vão ficar você e o papai?! – Emme
parecia preocupada.
– Depois ele se dá conta de que está errado. –
Falei rindo.
Narrado por Arthur Aguiar
Depois
da briga com a Lua, tomei banho, troquei de roupa e fui a casa do Chay. Toquei
a campainha e ele logo abriu a porta.
– Fala aí, Arthur! O que foi? Você parecia com raiva
no telefone.
– Pela primeira vez eu e a Lua brigamos. E por um
motivo bobo.
– Então, porque você não falou com ela logo? – Ele
perguntou, sentando-se no sofá.
– Não sei, acho que meu orgulho foi maior. –Disse
encarando o chão.
– E onde ela esta? – perguntou.
– Em casa, com a Emme. E do jeito que eu as
conheço, elas devem estar assistindo um filme afogadas em um pote de sorvete.
– Tá. Eu sei, mas isso não vem ao caso. Temos que
pensar em uma solução.
– Que tal começar quebrando esse orgulho?! – Mel
falou, saindo da cozinha.
– Oi Mel. – Falei- pois é ... mas eu falei muita
besteira não sei nem por onde começar.
– Simples! Começa jurando para si mesmo que não vai
mas fazer isso. – Ela começou – Depois liga pra ela e diz que precisamos
conversar. Faz ela acreditar que o relacionamento de vocês chegou ao fim. Ah, o
terceiro e passo é você fazer uma noite especial e nela pedir desculpas... tem
que uma noite inesquecível! – Mel falou quase dando uma ordem. – Do jeito que
eu conheço a Lua, independente do que ela fez, não merecia ter sido tratada
desse jeito.
– Tem razão. Vou ligar pra ela, agora.
– Boa iniciativa. – Chay comentou com ironia.
– Cala boca. – Mel deu um tapa de leve em sua cabeça.
– A ideia nem foi sua. Duvido que você
fizesse algo assim.
– Mas a ideia também não foi dele.
– Mas ele aceitou. – Mel falou e Chay revirou os
olhos.
– Shh... Parem, se não, vamos ter mais um casal pra
reconciliar. – Falei, Brincando. – O telefone dela tá chamando. – Chamou,
chamou, mas ninguém atendeu. :S Tentei pela segunda vez e depois de um
tempo, achava que ninguém atenderia de novo, mas alguém atendeu.
Inicio da Ligação
– Lua?!
– Oi pai. É a
Emme!
– Oi Emme, Cadê sua mãe?
– Tá tomando banho.
– Ah... por isso que ninguém atendeu o telefone. –
Pensei alto.
– Pois é! – Emme falou.
– Você sabe se ela vai demorar muito?
– Não, mas a gente vai pra casa da tia Sô. Por quê?
– Nada pede pra ela me ligar quando chegar lé, tá?!
– Ok. – Respondeu. – peço sim.
– Tá bom. Xau, xau. Bjo.
– Bjo. – Respondeu.
Fim da Ligação
Narrado por Lua Blanco
Depois que saí do banho, Emme veio me dizer
que o Arthur queria falar comigo.
– Mãe, o papai ligou!
– O que ele queria? – Perguntei seca
– Falar com você. Dããm.
– É?
– Eu disse que a gente ia pra casa da tia Sô e ele
pediu pra que a senhora ligasse para ele.
– Quando chegar lá, eu ligo. Agora vamos! – Chamei
e Emme saiu correndo pra pegar a bolsa.
Na casa da Sophia...
– Sim, e o que você vai fazer? – Sophia perguntou
depois que terminei de contar o ocorrido pela manhã.
– Não sei, mas ele quer falar comigo.
– E você não vai falar com ele.
– Vou, é que eu já tinha esquecido. Ele quer que eu
ligue pra ele.
– Então liga logo. – Sophia jogou seu celular pra
mim.
– Tá, tá.
Início da Ligação
– Sophia?! –
Arthur falou.
– Não, é a Lua.
– Oi Lua!
– Você num disse que quer falar comigo? To aqui!
– Ah, claro. – Falou. – De que horas você vai voltar
da casa da Sô?
– Não sei, acho que daqui a duas horas. Já vai
anoitecer, então... – Falei como se não tivéssemos brigado pela manhã.
– Então, já já eu passo ai pra pegar vocês. Daqui a
pouco Tô saindo da casa do Chay. A gente precisa conversar sobre o futuro da nosso relação.
– Tá, vou te esperar. – Falei dando de ombros, mas
é claro que ele não viu. Dããm.
Fim da Ligação
Narrado por Arthur Aguiar
Voltando à casa de Chay...
– Eu falei com ela, Mel, mas agiu com muita
naturalidade, nem parecia que eu tinha dito “A gente precisa conversar sobre o
futuro de nossa relação.”
– É normal. Acho que ela ainda tá com raiva de
você, mas não quer admitir, quer dizer, ela quer agir com leveza e calma. É
isso!
– Tá, acho que entendi, mas já tô indo, vou
pegá-las na casa de Sô.
– Você não acha muito cedo não? – Chay perguntou.
– Não. Essa hora o trânsito é engarrafado e ainda
tenho que resolver algumas coisas.
– Tá bom. – Chay deu de ombros.
– Vou indo. – Me despedi. – Xau, xau.
Como havia previsto, o trânsito estava
engarrafado e levaria no mínimo uma hora pra chegar na casa da Sophia.
~♥~♥~♥~♥~♥~♥~♥~♥~♥~♥~♥~♥~♥~♥~♥~♥~♥~♥~♥~♥~
Depois de muito tempo, preso no trânsito, tudo
desengarrafou (Graças a Deus!), passei na floricultura e comprei um buquê com
flores do campo, coloquei no banco de trás do carro, passei em casa para tomar
banho e fui até a casa da Sophia. Cheguei lá e toquei a campainha.
– Oi Pai! – Emme abriu a porta.
– Oi princesinha! – Dei um beijo na sua bochecha. –
Cadê o povo dessa casa? – Falei olhando pros lados.
– Tão lá em cima, no quarto da tia Sô.
– Chama elas pra mim. Por favor! – Fiz careta e
Emme gargalhou.
– Tá bom. – Emme ia subir as escadas.
– Não precisa. – Lua respondeu, descendo as escadas
com Sophia, e Emme deu de ombros.
– Oi Arthur! – Sophia falou.
– Oi! – Respondi sorrindo.
– Já tava te esperando. Vamos? – Lua falou pegando
a bolsa no sofá.
– Vamos. –
Respondi.
~♥~♥~♥~♥~♥~♥~♥~♥~♥~♥~♥~♥~♥~♥~♥~♥~♥~♥~♥~♥~
Durante todo percurso fomos praticamente em
silêncio. Parecíamos dois desconhecidos.
– Mãe, a Patty ligou pra mim e perguntou se eu
podia dormir na casa dela. – Emme quebrou o silêncio.
– Mas você num tá brigada com o bruno?
– Brigada? Com o Bruno? – Perguntei sem entender.
– É uma longa historia. – Respondeu seca.
– Eu sei, mas ele vai dormir na casa de um amigo.
Acho que o Paulo.
–Mas você não vai pra vai pra escola amanhã,
esqueceu?
– É verdade.
– Como assim “ não vai para a escola amanhã?” –
Continuava sem entender.
– É uma longa historia. – Ela respondeu novamente.
– Então eu vou mandar uma mensagem avisando que eu
não vai dar e que eu não vou para o colégio amanhã. – Emme achou solução. – E
se ela perguntar por que eu não vou para a escola?
– Você vai para o baile de máscaras, certo?!
– Certo... Eu acho!
– Então diz que vai ter ver as coisas do baile. Por
que de fato vamos.
– Tá bom. – Emme deu ombros.
P.S: Gente, desculpa mesmo pela demora... Mas a gente não pode adivinhar quando vai ficar doente... Preparei esse capítulo com todo carinho pra vocês!!! Espero que gostem!! ♥
#Comentem
*-* lindo =)
ResponderExcluir