17º
Capítulo – Narrado por Lua Blanco
Hoje
era quinta-feira, eu estava atrasada para pegar a Emme na escola e ainda
iriamos no shopping. Liguei pro Arthur para que ele fosse até lá, pois sairia
mais tarde um pouquinho e iria esperá-los na pracinha perto do shopping.
Saí
praticamente correndo de lá. Enquanto tentava ligar pra Emme e avisá-la que o
Arthur estava indo pegá-la na escola, esbarrei em um homem.
– Ai! Desculpa, moça. Foi mal. – Falou erguendo o
olhar para meu rosto. – Eu estava distraído. – Falou, enquanto eu levantava a
cabeça.
– Diego! – Exclamei. – É você mesmo?
– Lua? Você tá diferente de mais. Quer dizer, um
pouco diferente daquela menina que corria comigo no meio da rua. – Rimos.
– Você não muda, mesmo. Sempre me faz rir. Como
você veio parar aqui? Aqui... Em pleno Rio.
– É uma longa história, mas antes, me dá um abraço.
– Pedi.
– Com certeza.
No
momento em que abracei o Diego, um carro encostou do nosso lado e buzinou. Nos afastamos
e eu olhei pro carro. Era Arthur... Ele tinha o dom de sempre atrapalhar um
abraço, um beijo ou algo do tipo!
– Lua? – Abaixou o vidro.
– Oi Arthur. Esse é o Diego. Diego Montez.
– Oi. – Diego o cumprimentou.
– Oi. – Arthur respondeu seco e eu o encarei.
– Di, tenho que ir. – Dei um beijo em sua bochecha.
– Meu número continua o mesmo. Depois a gente marca de se encontrar.
Ele
acetou dando-me u beijo em minha bochecha. Entrei no carro e comecei a falar.
– Cadê a
Emme?
– Tá na escola. Ela disse que iria pra casa com
Bruno. Ele vai ficar nos esperando com ela. Parece que Patty vai ao shopping
com você e Emme, né? E Bruno vai pra casa de uma amigo.
– Ah! Acho que ela me falou algo do tipo.
– Hum hum. – Foi a única coisa que ele falou.
– Amor, você tá bem? – Perguntei depois de um tempo
em silêncio.
– Tô. – Respondeu seco.
– Não parece. Você não me chamou de “Minha Linda!”.
Não me deu nem um beijo. Você não tá bem! – Ele continuava calado. – Já
sei o que você tem. C-I-Ú-M-E-S! – Soletrei. – Ciúmes por causa do Diego.
– Que é aquele??? Você tava cheia de intimidade. –
Perguntou, descendo do carro.
– Ele é meu amigo desde infância... Meu melhor
amigo. Era ele quem me apoiava nas travessuras, que aprontava com os colegas de
classe e depois me fazia rir lembrando de tudo.
– Tá, Lua! Já entendi. Eu tô muito estressado pra
tá falando dessas coisas. Esquece! Depois a gente conversa.
– Arthur, não acredito que você tá sendo infantil a
esse ponto. – Alterei a voz que até então era a mais acalma possível.
– Isso não é ser infantil, é cuidar do que a gente
tem. – Ele gritou, abrindo a porta com agressividade.
– Mas nesse momento você tá sendo ciumento,
possessivo, marreto e teimoso ao
extremo. Não é justo! – Gritei.
– Lua, não tô afim de conversar, agora. Vou pro
quarto. – Subiu as escadas batendo os pés e eu percebi que Emme nos observava
no sofá e de repente uma lágrima rolou dos seus olhos.
– Emme, você não tá chorando por causa da mina briga
com o Arthur, tá?! – Aproximei-me dela, que estava abraçada com uma almofada.
– Não. – Sua voz saiu rouca.
– O que foi? – Perguntei com uma voz mansa e doce.
– Me abraça?! – Pediu, quase sem voz e eu o fiz.
Depois
de um longo tempo abraçando-a, ela se afastou devagar e enxugou as lágrimas.
– O que foi? – Perguntei mais uma vez. – Qual o
motivo de tanto chorôrô?
– O Bruno. – Respondeu em meio as lágrimas.
– Mas já?! O que ele fez? Você não vinha pra cá com
ele?
– Pois é... Ele é um traidor... Não, e só falei
aquilo por que não queria que papai me visse daquele jeito. Como ele tinha me
ligado dizendo que me pegaria na escola, eu disse isso e ele disse que iria te
pegar no trabalho e eu voltei pra casa de táxi.
– Tá. OK, OK! Mas, qual o “porque” do Bruno ser
traidor?
– Simplesmente pelo fato dele ter beijado outra
garota na minha frente e a frente do colégio inteiro, pra quem quisesse ver. –
Emme, agora, estava vermelha de raiva e chorava por causa da mesma.
Início do Flash Back
(Emme)
Eu tava
andando com Patty. Estávamos a procura de Bruno, enquanto ela fazia palhaçadas e eu gargalhava,
Daí, do nada, uma menina, daquelas bem fofoqueiras, chegou perto de nós e
falou:
– Você tá procurando o Bruninho?
– Estamos, mas não é da sua conta. – Falei.
– Sai daqui, vai conversar com gente da sua laia. –
Patty completou.
– Ah gente, só vim avisar que o Bruno tá lá no
corredor da sala dos professores, dando uns “pega” na Valéria do 1º Ano. (Emme
é 8ª Série, tá?! 9º Ano)
– Não acredito que você veio aqui pra infernizar a
gente com esse veneno de quinta. – Falei, tentando dá o desdém.
– Se não acreditam em mim, podem ir lá, conferir! –
Falou, saindo.
– Que vontade de matar essa garota. Arghh.
– Calma, Emme! Se tá com dúvida, vamo lá conferir.
– Patty sugeriu, empurrando-me de leve em direção ao corredor.
Andamos
lentamente até lá. Quando pisamos no corredor, fechei os olhos e custei a
acreditar. Não! Não podia ser... O Bruno tava mesmo agarrado aquela
nojenta da Valéria! =’(
– Bruno! – Gritei e eles viraram na nossa direção,
apartando o beijo.
– Não acredito! – Patty estava boquiaberta.
Assim
que Patty concluiu a frase, Valéria deu um sorrisinho vitorioso “barra”
sínico... “Se antes eu já não gostava daquela garota, imagina agora! Argh..”.
Voltando ao assunto... Bruno veio correndo em minha direção enquanto eu já
virava de costas, correndo até o portão da escola.
– Emme, espera! – Gritou. – Eu posso explicar.
Espera!
Claro!
Parecia cena de novela. Eles sempre gritam a frase: “Eu posso explicar!” não
precisava explicar, eu tinha visto e isso bastava. O ignorei... Não tava a fim
de ouvir desculpas esfarrapadas... Quando cheguei na portaria, com os olhos
cheios de lágrimas, liguei pra um taxista e esperei que chegasse.
– Calma, Emme! – Patty pedia.
– Calma? Você viu o que ele fez e vem me pedir
calma?
– Eu sei... Eu sei que ele tá errado, mas você nem
ouviu o argumento dele.
– Tô com a cabeça muito cheia, agora. Depois eu
penso em falar com ele.
– Se você acha melhor assim. – Deu de ombro. – Mas
vem cá! – El me puxou, abraçando-me. – Saiba que independente de ser irmã do
Bruno, ou não, eu estou do seu lado. – Falou e minha lágrimas escorreram como
cachoeira.
Após
o táxi chegar, me despedi de Patty e entrei. Quando cheguei aqui, esperei que
vocês chegassem, mas não imaginei que veria vocês assim.
Fim do Flash Back (Emme)
– Desculpa pela briga entre seu pai e eu, mas ele tá
muito possessivo.
– Homens! – Emme suspirou. – Não acredito que ele
fez isso comigo.
– Nem eu... Como ele pode achar que tenho alguma
coisa com o Di? Tá certo que ele tinha uma “Quedinha” por mim quando eramos
crianças, mas...
– Eu sempre fui apaixonada por ele e agora ele vem
com essa! – Falamos juntas e Emme me encarou.
– Qual foi o motivo da briga entre vocês? – Fez
careta.
– Eu tava caminhando pela rua tentado ligar pra
você daí, esbarrei em um homem.
– De novo? Isso sempre acontece com você. – Emme
fez mais uma careta.
– Pois é. Mas dessa vez, esbarrei em um amigo de
infância o Diego... Diego Montez. Já te falei dele?
– Acho que sim.
– Pronto. – Conclui. – Eu o abracei e tal... Seu
pai chegou como carro e atrapalhou nosso abraço.
– De novo? Ele sempre faz isso.
– Pois é! Mas o pior não foi isso, viemos brigando
o caminho inteiro.
Início do Flash Back
– Amor, você tá bem? – Perguntei depois de um tempo
em silêncio.
– Tô. – Respondeu seco.
– Não parece. Você não me chamou de “Minha Linda!”.
Não me deu nem um beijo. Você não tá bem! – Ele continuava calado. – Já
sei o que você tem. C-I-Ú-M-E-S! – Soletrei. – Ciúmes por causa do Diego.
– Que é aquele??? Você tava cheia de intimidade. –
Perguntou, descendo do carro.
– Ele é meu amigo desde infância... Meu melhor
amigo. Era ele quem me apoiava nas travessuras, que aprontava com os colegas de
classe e depois me fazia rir lembrando de tudo.
– Tá, Lua! Já entendi. Eu tô muito estressado pra
tá falando dessas coisas. Esquece! Depois a gente conversa.
– Arthur, não acredito que você tá sendo infantil a
esse ponto. – Alterei a voz que até então era a mais acalma possível.
– Isso ão é ser infantil, é cuidar do que a gente
tem. – Ele gritou, abrindo a porta com agressividade.
– Mas nesse momento você tá sendo ciumento,
possessivo, marreto e teimoso ao
extremo. Não é justo! – Gritei.
– Lua, não tô afim de conversar, agora. Vou pro
quarto. – Subiu as escadas batendo os pés e eu vim falar com você porque te vi
chorar.
Fim do Flash Back
– Eu, hein! – Foi a única coisa que Emme falou.
– Tô com tanta raiva, que se você fosse menor, eu
seria capaz de te mandar dormir entre a gente. – Comentei e Emme riu.
– Para! Agora é você que tá sendo infantil.
– É, né?! – Fiz careta. – Parei. – Rimos.
#Comentem
Nanda amei o capitulo
ResponderExcluirPor que o Bruno fez isso com a Emme :(
Ansiosa para o proximo capitulo.