18º
Capítulo - Narrado por Lua Blanco
Até
que fim amanheceu, depois de uma noite agitada e muito chata. Agora estou
aqui em casa (Já me apossei da casa da Soph *-*) esperando a mesma tomando meu
sagrado café da manhã, quando de repente uma criatura rosa e toda feliz desce
as escadas correndo e passando rapidamente pelo corredor da sala, chegando na
cozinha e, enfim, se jogando na cadeira da mesa.
-
BOM DIA?! – Gritou apesar de estar perto de mim.
-
Oi, Bom dia Soph! Tá animada néh?!- Dei um sorriso forçado em tom de ironia e
acho que ela percebeu.
- Hum
hum, muito, até demais. – Fiz uma careta e ela me mandou um beijo e eu fingi vomitar
- Sua chata, Topa sair?
-
Onde? Se for pra ir pro Shopping nem vem... – Ela levantou a mão contestando.
-
Calma, nem é isso. – Nesse mesmo momento ela pegou a caixa de cereal e o leite
e colocou numa tigela que já havia colocado na mesa.
-
E é o que? – Falei como se não tivesse nenhum pouco interessada no assunto e
não estava mesmo.
-Vamos
ver o Mica e os meninos jogarem hoje? – Quase me engasguei “Que é que
ela pensa?”
-
Sério? Diversão só pra você? – Olhei diretamente nos olhos dela fazendo com que
a mesma levantasse uma sobrancelha como tom de interrogação – Não vai
rolar, não!!!
-
Tá, eu faço tudo o que você quiser! – Juntou as mãos como se estivesse fazendo
uma oração e foi ai que eu vi vantagem.
-Tudo???
– Ela balançou a cabeça dizendo que sim parecendo desesperada – Agora sim,
vamos! – Dei meu lindo e e perfeito sorriso de satisfeita
-
Deixa eu comer pelo menos, sua maluca?! – Fez cara de retardada e voltou sua
atenção para a tigela de cereal que ela havia preparado.
-
Come dramática.- Fui para sala espera- lá, quando o telefone residencial tocou
e eu fui atender.
Ligação
ON
-
Alô?... Alô? – Ninguém falava nada e de repente eu só escutei o pi..pi..pi e
caiu a ligação. #Droga
Ligação
OFF
-
Quem era? – Soph perguntou chegando na sala e indo em direção ao espelho perto
da porta, já colocando o seu gloss.
-
Caiu, odeio quando isso acontece. – Fechei minhas duas mãos com raiva e
trincando os dentes.
-
Você odeia tudo já reparou? – Mandei língua para ela – Vamos
maluquinha?- Falou abrindo a porta.
-
Agora sua chata! - Quando estávamos para sair toquei em meu braço e
senti falta de algo muito importante pra mim. - Peraí... Cadê minha
pulseira?
-
Tá no seu braço, retardada... – Falo Soph fazendo cara de óbvio e apontando
para o meu braço.
-
Não, não essas, é a que minha mãe me deu e era de herança da vovó, Soph. – Ela
viu que eu tava falando sério e logo se desesperou também.
-
Deve tá lá em cima, vai ver lá que eu dou uma olhadinha por aqui. – Subi
procurei... procurei e nada, daí foi quando lembrei da balada. – SOPHIA... Eu
perdi ontem na balada! FERRÔ! – Sai correndo do quarto pra sala onde a Soph
ainda se encontrava.
-
Calma! A gente procura quando voltar. – Ela falou achando que havia dado um
jeito.
-
Eu não vou mais.- Fui para o quarto chorando e gritei no meio do caminho quando
senti que Sophia vinha atrás de mim. – Mas você vai, Soph!!! – Tranquei a porta
e cai na cama em prantos. Depois de alguns longos minutos chorando percebi que
nada adiantaria ficar ali apenas chorando, então me levantei e revirei meu
quarto novamente atrás da pulseira mas nada, quando me dei conta que lá
embaixo, na sala, o telefone tocava e eu corri para atender :
Ligação
ON
-Alô
? – Falei já mais calma, mas ainda preocupada em não saber e não ter certeza de
onde estava a minha pulseira
-Alô!
É da casa da Sophia ?- Uma mulher com a voz chorosa falou.
-Sim.
Quem fala ? – Falei achando estranha a voz da mulher.
-
Ah! É Marisa a tia dela ! – “Ai meu Deus, Tia Marisa.”
-Oi
tia Marisa, que bom falar com a senhora. – Tia Marisa era a unica tia que eu
tinha muita aproximação, quase uma segunda mãe pra mim, ela morava em Natal e
todo final de semana eu ia na casa dela visita-lá.
-Lua
é você?
-Sim,
sou eu. O que foi, tia ? E que voz é essa? A senhora tá chorando?
-Ah
minha filha aconteceu um desastre... Seus pais eles sofreram um acidente e
estão muito mal .
-Como
é que é ? –Falei com os olhos cheios de lagrima, mas não estava acreditando no
que havia escutado.
-É,
eles estavam indo passar o fim de semana lá em casa, e no meio do caminho
bateram com o carro. – Senti que ela tentava se controlar para não me assustar
mas nada adiantou.
-
E onde a senhora estar tia? – Falei soluçando, quase repetia achando que minha
tia não havia entendido.
-
Estou no hospital e sua mãe estar querendo muito vê-la, minha filha. Eu sei que
suas aulas começam essa semana mas eu não podia deixar de fazer isso pela
Celinha.
-
Tia eu vou dá um jeito aqui e estarei ai o mais rápido possível. – Falei
tentado não me desesperar. #Frustada
-
Tá bom, beijos minha querida.
-
Até logo, Tia.
Ligação
OFF
Quando desliguei o telefone não tive forças para suportar a dor no peito que estava sentindo e cai de vez no sofá já me derramando em lagrimas novamente. “Ai meu Deus, meus pais sofreram um acidente e eu aqui preocupada com uma pulseira, tenho que providenciar a volta para casa o mais rápido possível.” Enquanto chorava lembrava dos momentos inesquecíveis com os meus pais, como o dia em que eles me deram uma festa de 15 anos surpresa onde foi uma noite perfeita.
>>>Galera, depois de provas, férias acumulou tudo e só agora tive tempo para digitar esse capitulo. Se eu puder eu ainda posto essa semana mais um capitulo. Espero que vocês gostem e continuem lendo a web que guarda muitas surpresas!!! Bjos da Bel
#Comentem
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