34º
Capítulo – Narrado por Lua Blanco
É,
chegou a hora... Arthur e eu viajamos até o interior de São Paulo. Eu estava um
pouco nervosa mas, é a vida! Eu tinha que fazer aquilo, só assim eu tiraria em
peso das minhas costas. Eu sabia que seria uma obrigação, missão e responsabilidade pra toda minha vida, mas era o que eu queria, o que meu
coração mandava e eu iria fazer.
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Depois
de um longo tempo de angústia e procura, encontramos a rua e consequentemente a
casa onde Clarinha estava com sua vó. Era uma casa pitoresca do interior, com
um jardim imenso, repleto de flores e pés de frutas, também tinha uma
varandinha onde podíamos encontrar uma rede e uma porta com as janelinhas
abertas. O chão não era pavimentado, ainda era de terra. Abrimos uma
porteirinha, dirigindo-nos à porta. Batemos palmas, chamando por dona Rosa e uma
senhora de idade com os cabelos grisalhos presos por alguns grampos, que usava
um vestido florido e uma chinela, nos deu um sorriso triste e torto e desceu
alguns degraus, encontrados a varanda.
– Dona Rosa sou eu. – Falou nos cumprimentando.
– Eu sou Lua, amiga da Rose, e esse é Arthur, meu
marido.
– Vamos, entrem. – Nos chamou, andando em direção a
porta da casa. – Quero que você me explique o que aconteceu com a Rose e o que
vocês vão fazer com a Clarinha. – Falou, indo em direção a porta.
A
seguimos e chegamos em uma sala simples, mas aconchegante. Nela podíamos
encontrar dois sofás não muito grandes, uma televisão antiga e um centro com um
jarrinho de flores provavelmente colhidas do próprio jardim da casa.
– A senhora mora sozinha aqui?! – Perguntei,
dando-me conta de que, apesar de ser amiga de Rose, sabia pouco sobre a vida
dela.
– Não, moro com meu marido e um sobrinho, mas eles
estão trabalhando na cidade e só chegam tarde da noite.
Quando
íamos sentado no sofá, escutei passos que andavam com pressa e uma garotinha
surgiu em nossa frente.
– Tia Lua! – Gritou.
– Oi minha linda! – Abaixei para abraçá-la pois não
podia pegar peso.
– Oi princesinha! – Arthur a cumprimentou.
– Oi tio Arthur! – Falou, o abraçando e ele a
colocou no braço.
– Vocês vão me levar pra ver minha mãe? Eu quero ir
pra casa. – Falou, dengosa.
– Vamos te levar sim, mas antes temos que conversar
com a vovó. – Arthur respondeu.
– Tá bom. – Ele colocou-a no chão. – Eu vou pegar
uma flor bem bonita pra senhora. – Falou, virando-se para mim.
– Tá bom, minha linda! – Falei, lhe dando um beijo
e ela saiu correndo para o jardim.
Nos
sentamos no sofá e eu me pus a falar, novamente.
– A senhora já sabe o que aconteceu com a Rose,
certo?!
– Sei sim! Quer dizer, acho que sei, mais ou menos
– Então... Ela estava com uma doença que ninguém
conseguiu detectar e morreu com parada cardíaca, mas antes desse trágico
ocorrido ela me pediu que cuidasse da Clarinha pois a conheço desde que nasceu.
– Falei e ela acentiu vagarosamente. – E eu vim pegá-la pois sei que aqui a
senhora não teria como terminar o tratamento da Clarinha.
– É, é verdade. – Falou com o olhar triste. –
Apesar de, as vezes, ter algumas discussões com a Rose, eu gosto muito da minha
netinha, só que aqui e agora eu não seria capaz de dar um futuro e o conforto
que ela merece e que sei que vocês podem oferecer.
– Mas, não seja por isso. A senhora pode nos ligar
quando quiser e eu prometo que pelo menos uma vez no mês eu trago a Clara aqui.
– Tudo bem, minha filha! – Falou, segurando minhas
mãos. – Eu sei que vocês vão fazer o melhor pela aquela criaturinha lá. – Ela
completou e eu assenti com os olhos marejados. – Vocês vão levá-la ainda hoje?
– É o que pretendemos, se a senhora concordar, é
claro! – Arthur respondeu pois eu não conseguia controlar as lágrimas.
– Tudo bem. Muita coisa dela já está na mala. Vou
terminar de ajeitar e aí vocês levam minha florzinha do campo. – Falou,
levantando-se.
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Ja
havia anoitecido e Arthur e e não tivemos coragem de explicar nada à Clarinha.
Ela estava se despedindo da avó e eu apertava forte a mão de Arthur!
– Tchau, vovó! – Deu-lhe um beijo. – Mês que vem eu
venho te ver. – Falou sorrindo.
– Ok, minha florzinha do campo. Se cuida! Te amo! –
Falou e nós rimos.
– Tchau, dona Rosa! – Falei.
– Tchau, dona Rosa! – Arthur também se despediu e
fomos em direção ao carro. Colocamos a bagagem da Clarinha na mala do carro e
eu a coloquei presa no cinto, na parte de trás do carro e fechei a porta. –
Arthur e eu entramos no carro e saímos em direção ao aeroporto onde o voo saia
em uma hora.
– Tia Lua, eu vou ver minha mamãe?!
– Eu te explico tudo quando chegarmos em casa, tá?!
– Perguntei e ela balançou a cabeça dizendo que “Sim!”.
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Fernanda posta maisssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssss
ResponderExcluirPOSTA MAIS!!!!!!!!!!!!!
ResponderExcluirjá tava com saudades dessa web MARAVILHOSA!!!!
E faz mais LuAr junto, curtindo a vida de casados e porque tudo volta a Emma ou a Clarinha, não que eu não tenha gostado, eu AMO essa web, mas ta faltando um pouco de privacidade pro LuAr!!
Lá, sabe o que é?! É que os capítulos já tão prontos, numa ordem... Só falta terminar de digitá-los mas tem capítulos só LuAr... *--* E obrigada por ler! =D
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