33º
Capítulo – Narrado por Emme
Saí de casa batendo a porta e decidi caminhar
até a casa de Patty. Não ficava muito longe dalí, mas também não era muito
perto, só que como eu estava muito irritada, seria melhor caminhar até lá, só
assim dava para arejar a cabeça e pensar um pouco.
Peguei meu celular e mandei uma mensagem para
Patty avisando que estava indo para lá, joguei o celular na bolsa de novo e
continuei andando a caminho da casa de Patty. Depois de um tempo, cheguei.
Respirei fundo e toquei a Campainha.
– Coisa
linda, Bom Dia! O que cê tá fazendo aqui essa hora? – Bruno perguntou dando-me
um selinho.
– Oi Bê! – Tinha passado a chamá-lo assim por conta
de bebê e por conta do nome dele que começava com “B”. – Bom Dia?! Depende de
como você define “Bom Dia!” – Falei, abaixando a cabeça.
– Ei, o que é isso princesa?! – Perguntou colocando
a mão em meu queixo e levantando minha cabeça, lentamente.
– É uma história muito longa.
– Eu tenho tempo para ouvir, entra logo. – Pediu.
– Tá bom, mas cadê a Patty?! Eu ia falar com ela.
– Você pode até falar com ela, mas acho que ela tá
muito ocupada. – Falou apontando para o sofá e eu, que estava de costas, me
virei. Patty estava dando um beijo
caloroso em um garoto.
– Aquele é Paulo?! – Perguntei boquiaberta. – O Paulo
do 1º Ano A? O garoto que ela odiava?
– É, é ele sim.
– Uau! Aê, palmas para ela, arrasando corações. –
Comentei rindo.
– E você arrasa o meu. Vem cá que eu tô com
saudades. – Ele me puxou pra perto dele e me beijou. –Princesa!– Falou depois
do beijo. – Sua carinha tá muito triste, eu quero saber o que aconteceu!
– É uma longa história e tem muita gente aqui.
– Vamos para o meu quarto! – Falou pegando minha
mão e eu acenti. – MÃE, TÔ INDO LÁ PARA O QUARTO! – Gritou chegando na cozinha.
– Tá bom filho quando o almoço estiver pronto, eu te
chamo.
– Ok... Põem mais um prato na mesa pra Emme. Vou
indo! – Avisou.
– Tá bom! Juízo. – Falou e nós rimos.
– Pode deixar! – Respondeu e fomos até seu quarto.
Quando chegamos no quarto, ele sentou na cama.
– Senta aqui. – Pediu, fazendo sinal para que eu sentasse
do seu lado e eu obedeci.
– Agora conta, o que aconteceu?
– Tá bom. – Dei um longo suspiro e comecei a falar.
Acho que passei umas meia hora explicando a história e ele escutou tudo,
atenciosamente. Prestava atenção em tudo que eu dizia, até que, meu desabafo
chegou ao fim.
– É, foi isso, e agora tô com muita raiva da mamãe.
Nunca pensei que um comentário bobo fosse deixa-lá assim. – Falei e uma lágrima
rolou. Bruno fez questão de seca-lá e eu dei um sorriso torto.
– Fica assim não, princesa! – Ele me puxou,
colocando-me em colo. – Tudo vai dar certo. – Falou dando um beijo em minha
bochecha. – Ela só falou aquilo porque tava estressada. Tenho certeza que ela
te ama tanto quanto eu. – Alisou meu rosto. – Eu vou tá sempre aqui viu?! –
Falou e eu encostei minha cabeça na sua e ficamos em silêncio por uns cinco
minutos. É né, as vezes o silêncio fala
mais que mil palavras, e foi o que aconteceu. Em silêncio dissemos muito um ao
outro, até que nosso silêncio foi interrompido. Toc toc, bateram na
porta.
– Entra! – Bruno falou e eu continuei do mesmo
jeito.
– Olha, tô pondo a mesa. – Era tia Jú, a mãe do Bruno.
– Ok mãe, daqui a cinco minutinhos chegamos lá.
– Ok. – Falou fechando a porta.
– Ah, eu queria continuar abraçadinha com você. –
Falei com voz de dengo.
– Eu também, meu amor! – Ele me apertou “Barra”
abraçou de forma doce. – Mas você não tá com fome?! – Ele exclamou.
– Pior que tô! – Respondi. - Ei... Tá me chamando
de gulosa? – Falei dando-o um tapa de leve.
– Eu não disse isso! – Tentou se defender. – Mas
você sempre tá comendo.
– É... Sempre não. – O corrigi. – Mas comer faz
bem!
– Verdade! – Falou me dando um selinho. – Então,
bora comer.
– Vamos, mas antes, quero ir no banheiro. Quero ver
o meu estado. – Falei, balançando a cabeça.
– Tá linda!
– Elogio seu, não conta. Você é suspeito. – Falei
rindo.
– Tá bom. – Ele revirou os olhos de forma engraçada
e eu gargalhei. – Gosto tanto da sua risada. – Ele me deu um selinho. – Ainda
bem que consegui te fazer rir.
– Tá bom, mas vamos que eu tô ficando com fome. –
Falei gargalhando.
– Num falei. – Disse e nós gargalharmos.
Fui ao banheiro, no quarto do Bê, arrumei meu
cabelo e lavei o rosto. Quando terminei, ele ainda me esperava sentado na cama.
– Vamos! – Falou.
– Vamos! – Respondi e saímos de mãos dadas.
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Chegamos na cozinha...
– Ei, amiga da onça. – Patty falou me dando uma
tapa de leve. – Você chegou e nem falou comigo. Valeu pela consideração.
– Primeiro: “Oi pra você também!” Segundo: “Eu não
sou amiga da onça, sou amiga de uma vaca, ou seja, você!” e, terceiro: “Você
estava muito ocupada quando eu cheguei.” – Falei com deboche.
– É, eu tava. – Falou rindo e com um pouco de
vergonha.
– Essa amizade de vocês é tão bonita! – Bruno
falou, analisando o jeito como estavamos nos tratado.
– Depois quero saber como foi esse seu “lance” aí
com o Paulo. – Falei sentando à mesa.
– Ah, e o que você queria, ontem?! Pelos SMS’s deu
para perceber que você tava triste e aflita. – Ela também sentou à mesa.
– Depois eu te conto. – Dei de ombros.
– Tá bom. Depois do almoço eu quero saber de
tudinho.
Almoçamos e depois, nos reunimos na sala com
uma panela de brigadeiro, para que eu contasse toda a história à Patty.
#Comentem
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