4º
Capítulo – Narrado por Lua Blanco
Passei a viagem toda escutando música para
esquecer as lembranças que vinham como ‘flashes’. Quando cheguei no portão do
desembarque, vi que não tinha ninguém lá esperando por mim então, decidi sair
procurando por alguém... “Eu tinha combinado com a Sophia e ela não
apareceu?!”, pensei. De repente ouvi a voz de uma garota gritando loucamente
meu apelido, que por sinal quem só me chamava assim era minha prima, Sophia, e
quando olho para o lado a ideia que havia passado pela minha cabeça, desaparece
em
frações de segundos e eu não consigo me controlar e também corra em sua
direção.
– Miojooo! – Ela continuava a gritar.
– Tirilupa – Abracei-a e ela começou a chorar,
odiava quando ela fazia isso porque eu começava a chorar junto mas chorar em
público ninguém merece.
– Para de chorar, por favor!- Pedi.
– Tá bom parei.- Falou sorrindo e enxugando as
lágrimas.
– E aí, você veio sozinha? – Perguntei
com intuito de alguém levar as minhas malas porque se dependesse da Sô, ela
morria e não levava.
– Não... –
Respondeu, ainda eufórica e virou-se rapidamente. – MICA... – Gritou fazendo sinal com a mão e uma rapaz
moreno veio em nossa direção.
– Oi. – Falou sério com a cara emburrada. Se aquele
fosse o namorado dela, como pensei, algo de ruim havia acontecido antes pra ele
tá com aquela cara.
– Oi – Cumprimentei-o.
– Esse é o Micael, meu namorado, Lua. E essa é a
Lua, Micael. – Ficamos em silêncio um tempo.
– Gente será que podemos ir embora porque essa
viagem e esse papo me deixou com muita fome. Sou capaz de comer um boi.
– Ahh... vamos sim sua esfomeada! – Dei língua para
ela e fomos direto para o estacionamento.
Micael foi gentil e levou minhas malas até seu
carro. Senti um clima pesado entre ele e a Sô mas fiquei calada até que ela
interrompeu o silêncio.
– Miojo, eu fiz uma coisa que você vai amar. –
Falou com cara de menino travesso.
– Que é? Vou logo avisando se for de comida pode
ter certeza que eu vou amar mesmo!
– Hum hum... – Ela riu engraçado. – Bolo de
chocolate duplo, com cobertura de chocolate, recheio de chocolate.
– E com granulado por cima? – Ela concordou com a
cabeça – Oba!!! – Bati as mãos em comemoração.
– Vocês são duas malucas que vão ficar que nem umas
baleias. – Micael falou balançando a cabeça e rindo sinicamente enquanto
dirigia.
– Cala boca, Micael. – Sophia falou com muita raiva
na voz.
– Gente, calma! Sô só foi uma brincadeira e, Micael,
a gente pode até ficar gorda mas nesse momento não somos nós que estamos com
barriguinha. – Olhei sinicamente para ele que fechou a cara e, na sequência, olhei
para Sô que riu que nem louca.
– É o quê? Você está achando que eu estou com
barriga? – Perguntou com uma das sobrancelhas erguida.
– Não! Eu estou tendo certeza e absoluta. –
Respondi e comecei a acompanhar a Sô na risada descontrolada. Logo depois fizemos
uma batidinha louca com as mãos só que as gargalhadas não duraram muito tempo e
logo o silêncio tomou conta do carro e fomos calados até o apê da Sô.
Capítulo dedicado á todos vocês que leem a minha web e as minhas amigas Fernanda Ferreira (Nanditah) e Déllis Louise (Dellinhas), as minhas chocólatras. #Comentem
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